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Saturday, July 21, 2007

Dia -634

Amor, Portugal*

Alguém que visita um dos meus blogs, fá-lo a partir de uma terra chamada Amor.
Eu já fui a Amor, por causa do nome.
Fica perto de Leiria.
É um nome bonito para uma terra. Amor.

*desenganem-se aqueles que pensaram que eu me tinha tornado patriota de repente.
Ça m'arriverai pas.

Monday, July 02, 2007

Dia -615

Não sei o que é o amor
mas gostava de aprender sem saber o significado da tristeza.

Sunday, July 01, 2007

Dia -614

Tudo o que vem de ti
é natural. E comove-me.

Thursday, June 07, 2007

Dia -590

Não,

estes posts não são posts apaixonados.
São posts comovidos.
Às vezes as pessoas comovem-me.
É isto.

Wednesday, June 06, 2007

Dia -589

Não há nenhuma língua...

que sirva para explicar o assombramento que me causas.
E estaria muito bem assim.
Não fosse ter acontecido o improvável.

(Isto devia ser um post sobre a paixão.
Mas agora parece-me mais um anúncio a uma qualquer companhia de seguros)

Thursday, September 07, 2006

Dia -318

E então...
... eu pergunto(te):
para que serve um coração vermelho?
Ou melhor.
Para que servem dois corações vermelhos?
Nada é transparente.
E no entanto.
Sim, há demasiada beleza na imperfeição das coisas.
Há demasiada evidência na música que ouvimos.
Como se, ainda que não transparente,
o meu coração fosse o teu coração.
Vermelho.
E o teu coração.
Vermelho.
Fosse o meu coração.
(mas, depois, penso que vermelho é a cor habitual nos corações e que os corações apenas têm a função de nos manter vivos. Mas, também, depois, penso que me sinto muito viva agora, apesar de ter tido, desde sempre, o mesmo coração. E é então que não compreendo nada. Mas assim mesmo, deixo-me estar)

Dia -317

Sim,
o meu coração é vermelho como o teu.
Ou melhor.
O meu coração está tão vermelho.
Como o teu.

Thursday, April 27, 2006

Dia -185

A Assinatura
Não. Não precisas de assinar.
Reconheço as tuas palavras.
Como se fossem minhas.
Na verdade.
São minhas.

Wednesday, April 26, 2006

Dia -184

O (Bom) Vernáculo
Foda-se, eu amo-te, caraças!

Sunday, April 23, 2006

Dia -181

O Comboio
Gosto do que o comboio traz.
Detesto quando o comboio leva...

Friday, April 21, 2006

Dia -179

Agora
Ela deixou que o mar entrasse, inteiro, na sua casa.
Ela coseu as velas. Do frágil pano.
Ela deixou-se navegar. Como um bote.
Ou.
Outras vezes.
Como uma caravela.
Ela resolveu plantar girassois.
E castanheiros.
Ela resolveu esquecer-se que detesta as manhãs.
Ela resolveu entregar as mãos.
Ou.
O que das mãos lhe resta.
Ela entregou-se, inteira, a frases como.
Por exemplo.
Esta.
Nem mais um passo longínquo, nunca mais estar apartado de ti...
Agora.
Ela ama.
Ela sente o tempo. Passar inteiro.
Devagar.
Ela domina a urgência que punha.
Antes.
Em todas as coisas.
Ela espera.
Agora.
Ela não sabia.
Antes.
Que sabia.
Esperar.

Thursday, April 20, 2006

Dia -178

As Evidências
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que ao ter-te, amo-te mais
e mais ainda
Depois de ter-te, meu amor
não finda com o próprio amor,
o amor do teu encanto
Que encanto é o teu?
Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos,
prendem
por uma paz da guerra a que se vendem
a pouca liberdade do meu canto.
Um cântico da terra e do seu povo
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo
tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu?
Deitado à tua beira
sei que se rasga
eterno
o véu da graça.
Jorge de Sena

Monday, April 17, 2006

Dia -175

Os Minutos
Nos teus olhos não há minutos.
Mas abismos de eternidade.
Nos teus olhos os minutos são a eternidade.

Sunday, April 16, 2006

Dia -174

O Jardim
Esqueço-me de mim.
Como se eu nunca houvesse sido. Antes. De ti.
Posso não ser mais nada. Nunca.
Outra vez.
Mas sou. Agora. Esquecida de mim.
Como se nunca houvesse sido.
Antes.
De ti.

Saturday, April 15, 2006

Dia -173

A Busca
Conheces a sensação de parares?
De parar de repente e ter uma revelação.
Muito importante.
Como.
Tu és.
E isso basta.

Friday, April 14, 2006

Dia -172

Querer(Te)
Seria capaz de atravessar o mundo. Provocar terramotos.
Sobre asas de borboletas. Ou sobre pétalas.
De um girassol.
Hoje.
Contigo. Ou. Por ti. Ou. Para ti.

Saturday, April 08, 2006

Dia -166

O Olhar
Não é fácil pensar, quando me olhas.
Apetece-me ficar apenas dentro dos teus olhos.
Ter uma melhor imagem de mim.
Só porque me olhas.

Wednesday, April 05, 2006

Dia -163

A Realidade
Custa-me muito. Estar aqui. E tu. Aí.
A realidade é uma coisa que estraga muito os sonhos.
A realidade é uma coisa que arruína a imaginação.
Não quero pensar na realidade. Só pensar. Imaginando-te aqui.

Tuesday, April 04, 2006

Dia -162

Não Existes
Não. Tu não existes.
Quer dizer. Não é possível que sejas de verdade.
Não. Não existes. Tu.
Fui eu que te inventei.
Não fui?
Inventei-te assim, exactamente.
Tal como esperei que fosses.
Não. Tu não existes.
Fui eu que te inventei.
Numa destas noites em que não durmo.
E, afinal (parece que sempre) sonho.

Monday, April 03, 2006

Dia -161

A Declaração
«(...)Tenho construído o teu nome com todas as coisas.
Tenho feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente,
desesperadamente
à tua procura, sempre à tua procura
até me dar conta que estás em mim,
que em mim devo procurar-te,
e tu apenas existes porque eu existo
e eu não estou só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti,
a ti que eu amo. (...)»
Joaquim Pessoa, extracto do poema Eu sei, não te conheço mas existes