Um Bem-haja aos Homens que Não São Cúmplices
2008 tem sido um ano negro da violência doméstica em Portugal. Homicídios e tentativas de homicídio ultrapassam os números dos últimos 5 anos. Apesar de toda a consciencialização social, os dados apontam para um agravamento do problema. Urge, pois, enfrentá-lo com respostas mais eficazes.Neste sentido, a UMAR lança uma campanha dirigida aos homens para que estes se solidarizarem com as vítimas de violência, retirarem o apoio aos agressores e se demarcarem publicamente dos seus actos.A campanha "Eu Não Sou Cúmplice" tem o objectivo de mobilizar as energias masculinas para esta batalha dos direitos humanos que está longe de estar ganha.Se repudia toda e qualquer violência contra as mulheres, comprometendo-se na consciencialização e intervenção social da sociedade para a igualdade de género e promoção de uma cultura de não violência;Se apela a todos os homens que não sejam cúmplices e testemunhas passivas da violência contra as mulheres, faça-se ouvir:
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1 comment:
Esta semana, chegou-me ás mãos, um teste do 9º ano de Língua Portuguesa.
O tema era o "Auto da Barca do Inferno". Mas, parece que a literatura deixou de ser interessante e a língua portuguesa irrelevante. Na verdade, no lugar dedicado à composição escrita, encontramos um enunciado bastante "interessante"; passo a citar: «Gil Vicente, na cena da Alcoviteira, denuncia e condena a prática da prostituição. Na sociedade actual, essa prática continua a ter adeptos. Consideras que, hoje, há lugar para o amor ou este não passa de um mero negócio? Produz um texto onde exponhas a tua opinião sobre o assunto - a prostituição em Portugal nos dias de hoje.»
Mas, abstraindo-me de qualquer comentário, não imaginam a preparação que um aluno de 14 anos têm para discutir a prostituição em Portugal; aqui fica uma ideia: "A prostituição, na sociedade actual, tem vindo a ter muitos adeptos, que pretendem ter relações com outras pessoas para obter momentos de lazer"; realce para a correcção da professora, que rasurou a palavra "lazer" e substituiu por - prazer -.
Para culminar este momento de ensino e formação cívica a professora concebeu dois conceitos distintos para a prostituição: legal e ilegal, revelando os prós e contras financeiros e a questão jurídica de uma suposta "licença".
Quando nas escolas o tema prostituição é tratado de forma tão leviana, não nos admiremos da falta de sensibilidade da sociedade com a violência para com as Mulheres.
Desculpe o desabafo.
Paulo
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