Recordações
Segundo me disse ontem uma amiga de adolescência, uma amiga das 'férias na terra',
alguém que eu não via há mais de 25 anos
(safa, que isto custa um bocadinho a dizer, por várias razões...),
parece que eu aos 13/14 anos,
em vez de andar com ela e as outras miúdas, atrás dos rapazes,
anunciava solenemente que ia ler.
E ia sentar-me atrás da casa da minha avó Berta, ao pé do ribeiro.
Às vezes elas não me viam durante dias.
Lembro-me da minha avó com grande nitidez
(e muitas saudades).
Da casa de pedra e do ribeiro cheio de peixes que corria atrás da casa.
E da sopa de feijão vermelho que ela fazia numa panela de 3 pés.
E do modo como a minha avó contava as mesmas histórias 3 ou 4 vezes.
E nós ouviamo-la sempre como se nunca a tivessemos ouvido.
Ainda hoje lá passei.
Não parei.
A minha avó já não está lá.
A casa aguenta-se de pé.
Os peixes parece que são poucos agora.
Tinha um livro na mala.
Devia ter parado, como antes.
Durante dias.
Mas não.
Basicamente, não sabia que as minhas amigas da adolescência tinham este tipo de recordações de mim.
Deviam achar-me uma grande parva.
Honestamente, acho que tinham razão.
Ainda sou.
4 comments:
nao tinham nada
hum.... não? eu acho que tinham um bocadinho ;-)
nan nan
(senao passavamos a ser duas parvas :D
:-) eheh e se calhar somos
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