Silenzio
alguém que começo a conhecer
(de certeza: não existe)
alguém a quem me liga mais do que supus
(eu digo: não suponho)
por exemplo
a dor
a morte
o riso
(um dia: o esquecimento)
fala
(me)
assim
do silêncio
Eppure io credo se chi fosse un po' più di silenzio,
se tutti facessimo un po' di silenzio, forse qualcosa potremmo capire *
sim
se
(ao menos)
pudéssemos fazer um pouco mais de silêncio
(todos nós)
compreenderíamos
(certamente)
qualquer coisa nova
ou diferente
mas não
fizemos deste ruído
(dentro)
o nosso hábito
e não compreendemos
(quase)
nunca
nada
*fala de La vocce della luna, o último filme de Frederico Fellini.
E, no entanto, eu acredito que se houvesse um pouco mais de silêncio, se todos fizéssemos um pouco de silêncio, talvez pudéssemos compreender alguma coisa
alguém que começo a conhecer
(de certeza: não existe)
alguém a quem me liga mais do que supus
(eu digo: não suponho)
por exemplo
a dor
a morte
o riso
(um dia: o esquecimento)
fala
(me)
assim
do silêncio
Eppure io credo se chi fosse un po' più di silenzio,
se tutti facessimo un po' di silenzio, forse qualcosa potremmo capire *
sim
se
(ao menos)
pudéssemos fazer um pouco mais de silêncio
(todos nós)
compreenderíamos
(certamente)
qualquer coisa nova
ou diferente
mas não
fizemos deste ruído
(dentro)
o nosso hábito
e não compreendemos
(quase)
nunca
nada
*fala de La vocce della luna, o último filme de Frederico Fellini.
E, no entanto, eu acredito que se houvesse um pouco mais de silêncio, se todos fizéssemos um pouco de silêncio, talvez pudéssemos compreender alguma coisa
6 comments:
Olá Elisa. Obrigado por mencionares o maria pernilla, mas gostava que corrigisses aqui no teu blog, pois tens escrito maria pernilha. É só trocares o agá pelo ele.
Obrigado. E bom jazz, sempre!
Viva odeusdamaquina
Mil perdões por tão grave lapso. Já corrigi.
Bom jazz, sempre, naturalmente... mas isso é ali no blog do lado ;-)
Nada de perdões! Apenas emoções e mil obrigados. Apenas porque gosto do rigor! Beijos
Nem ficaria bem a um deus, ainda que tresvariado, não gostar de rigor. Peço de novo desculpa que eu também gosto do rigor. Embora me distraia com facilidade.
mas atenção: este é apenas um deus ex-machina, que vem resolver a tragédia (ou comédia), dando-lhe um final feliz. É um deus que desce por uma mekané (uma máquina). Nada de pretensões a raiar a divina sapiência, nada disso! É muito mais teatral, este deusdamaquina. Uma experessão engraçada e adaptada por mim para a nossa materna língua, num dia mais criativo, tudo isto para ocultar a verdadeira identidade. Mais uma vez, as máscaras, o teatro, o grande teatro do mundo, como diria o Calderón de la Barca.
Vi há uns 4 anos e meio... A Vida é Sonho de Calderon de La Barca pelo Teatro da Cornucópia. Fantástico! Agora lembrei-me disso. E de quão poucas vezes vou ao teatro também. Bom, já fui mais vezes depois desta peça, naturalmente, mas vou poucas vezes :-(
Eu sei que o teu nick não tem nada de pretensiosismo de divina sapiência :) isto apesar de não saber quem és... mascáras sim, usamo-las todos, com mais ou menos ocultação do nosso verdadeiro nome. Mas e o que é um nome? Não é decerto a nossa identidade... e a nossa identidade é formada porque coisas? Algumas inventamo-las e é como se fossem verdade. Outras são verdade e nem as vemos e... pronto, sei lá... estou a tresvariar.
Post a Comment