Saturday, June 30, 2007
Dia -613
Ser de Pedra,
como em Santiago são as pedras.
Antigas.
E com o peso tranquilo
que o tempo dá.
Friday, June 29, 2007
Wednesday, June 27, 2007
Monday, June 25, 2007
Dia -608
As pessoas têm estrelas...
que não são as mesmas para todas elas*.
É uma metáfora evidente.
Às vezes é preciso ver as evidências.
* Antoine de Saint-Exupéry - O Principezinho
que não são as mesmas para todas elas*.
É uma metáfora evidente.
Às vezes é preciso ver as evidências.
* Antoine de Saint-Exupéry - O Principezinho
Sunday, June 24, 2007
Dia -607
Ama Como a Estrada Começa*
haverá outra maneira?
Mesmo que haja outra maneira,
na verdade,
não me interessa.
na verdade,
não me interessa.
Amar deve ser sempre uma estrada a começar.
Ou uma rua, como em
no teu amor por mim há uma rua que começa**.
É essa rua que quero.
É a beleza desse caminho por fazer que procuro.
É a beleza desse caminho por fazer que procuro.
Com as mãos completamente abertas.
E as palavras prontas a ser ditas.
E as palavras prontas a ser ditas.
Mesmo se de modo duro.
É isto. Ou nada.
* Mário Cesariny
** Ruy Belo
Saturday, June 23, 2007
Dia -606
(Pas) A Bout de Souffle*
*Era para escrever sobre A Bout de Souffle de Jean-Luc Godard, que vi ontem, no Cineclube de Aveiro. Já vi muitas vezes este filme.
Nunca o tinha visto em écran gigante.
Sempre me comoveu o rosto de Jean Seberg.
Depois, como todos os dias, fui ao Respirar o Mesmo Ar e encontrei um texto assim. Com respirações como esta:
Há um compromisso no escrever. No ler. Esse compromisso é uma viagem. Uma aventura.
E constatei outra vez que a escrita do Joaquim é,
tal como o rosto da Jean Seberg,
uma coisa que me comove.
Friday, June 22, 2007
Dia -605
Transparência
Quando eu digo gosto muito de ti.
Quero dizer mesmo.
Que.
Gosto.
Muito.
De.
Ti.
Thursday, June 21, 2007
Wednesday, June 20, 2007
Dia -603
Em Vésperas do Solstício de Verão
I'am walking on sunshine!
Nina Simone - Here Comes the Sun
Tuesday, June 19, 2007
Monday, June 18, 2007
Dia -601
Já que temos a valsa começada...
... pois dancemos.
... pois dancemos.
En Viena hay diez muchachas,
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.
Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.
Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.
En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.
Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".
En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.
(Frederico Garcia Lorca - Pequeño Vals Vienés)
un hombro donde solloza la muerte
y un bosque de palomas disecadas.
Hay un fragmento de la mañana
en el museo de la escarcha.
Hay un salón con mil ventanas.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals con la boca cerrada.
Este vals, este vals, este vals, este vals,
de sí, de muerte y de coñac
que moja su cola en el mar.
Te quiero, te quiero, te quiero,
con la butaca y el libro muerto,
por el melancólico pasillo,
en el oscuro desván del lirio,
en nuestra cama de la luna
y en la danza que sueña la tortuga.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals de quebrada cintura.
En Viena hay cuatro espejos
donde juegan tu boca y los ecos.
Hay una muerte para piano
que pinta de azul a los muchachos.
Hay mendigos por los tejados,
hay frescas guirnaldas de llanto.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals que se muere en mis brazos.
Porque te quiero, te quiero, amor mío,
en el desván donde juegan los niños,
soñando viejas luces de Hungría
por los rumores de la tarde tibia,
viendo ovejas y lirios de nieve
por el silencio oscuro de tu frente.
¡Ay, ay, ay, ay!
Toma este vals, este vals del "Te quiero siempre".
En Viena bailaré contigo
con un disfraz que tenga
cabeza de río.
¡Mira qué orillas tengo de jacintos!
Dejaré mi boca entre tus piernas,
mi alma en fotografías y azucenas,
y en las ondas oscuras de tu andar
quiero, amor mío, amor mío, dejar,
violín y sepulcro, las cintas del vals.
(Frederico Garcia Lorca - Pequeño Vals Vienés)
Sunday, June 17, 2007
Saturday, June 16, 2007
Dia -599
Muitas vezes...
é como se estivessemos dentro de um poema. Como este, por exemplo
Tenho o nome de uma flor
Quando me chamas
Quando me tocas
Nem eu sei
Se sou água
Rapariga
Ou algum pomar que atravessei
Quando me chamas
Quando me tocas
Nem eu sei
Se sou água
Rapariga
Ou algum pomar que atravessei
(Eugénio de Andrade)
Friday, June 15, 2007
Dia -598
Numa Livraria de Sevilha...
vi o livro A Chuva Amarela e, claro: pensei em ti.
É extraordinário permanecer assim na memória dos outros.
(sms do meu amigo Luiz, um jardineiro das palavras,
que mais uma vez se meteu ao caminho de Santiago, desde as margens do Lago di Como)
(Para quem não sabe, A Chuva Amarela é um livro de Julio Llamazares. Outro dos meus memes)
Thursday, June 14, 2007
Wednesday, June 13, 2007
Dia -596
é este:
Atrevo-me a responder olha que não. Ou que nem sempre.
E mesmo que seja assim, na generalidade, há sempre lugar, entre a produção e o consumo,
para esse aperfeiçoar da contemplação do mundo que nos rodeia.
Mas eu sei que sabes isto.
Tuesday, June 12, 2007
Dia -595
Aparentemente faço parte da society da blogosfera...
quer dizer, para ali está a minha cara a preto e branco, de olhos míopes,
no meio de uma série de colunáveis.
O link é (naturalmente) para o Bebedeiras de Jazz, mas de qualquer modo...
quer dizer... ehr... cof cof...
sou uma pop star da blogosfera nacional e não sabia.
Bem Hajam, ou assim, muito embora
a utilidade de tal quadro e referências seja imensamente discutível, just as this post...
(bom, ninguém me garante que aquilo é uma festinha no ego... f-world bem pode ser de fucked-up people)
Monday, June 11, 2007
Sunday, June 10, 2007
Dia -593
10 de Junho
Viva a Espanha!
(e a República Checa e a Hungria e a Polónia e a Roménia e a Áustria e a Irlanda e a Grã-Bretanha e a França e a Itália e a...
Viva a Espanha!
(e a República Checa e a Hungria e a Polónia e a Roménia e a Áustria e a Irlanda e a Grã-Bretanha e a França e a Itália e a...
Friday, June 08, 2007
Dia -591
O Riso
Partilhar o riso deve ser uma das melhores maneiras de aproximar as pessoas.
As pessoas que interessam, pelo menos.
Ou as que ainda sabem rir-se de si mesmas.
Ou seja. Justamente. As que interessam.
Thursday, June 07, 2007
Dia -590
Não,
estes posts não são posts apaixonados.
São posts comovidos.
Às vezes as pessoas comovem-me.
É isto.
estes posts não são posts apaixonados.
São posts comovidos.
Às vezes as pessoas comovem-me.
É isto.
Wednesday, June 06, 2007
Dia -589
Não há nenhuma língua...
que sirva para explicar o assombramento que me causas.
E estaria muito bem assim.
Não fosse ter acontecido o improvável.
(Isto devia ser um post sobre a paixão.
Mas agora parece-me mais um anúncio a uma qualquer companhia de seguros)
Tuesday, June 05, 2007
Dia -588
One (straight) From The Heart*
É porque tu existes que mais ninguém existe.
Apercebo-me disto.
E depois. Nada.
É porque tu existes que mais ninguém existe.
Apercebo-me disto.
E depois. Nada.
*sim, o que está em letras maiores é o título de um (belo) filme, de 1982,
de Francis Ford Coppola.
A música que o Tom Waits aqui canta (Take me home) também faz parte da banda sonora. Não exactamente esta versão.
de Francis Ford Coppola.
A música que o Tom Waits aqui canta (Take me home) também faz parte da banda sonora. Não exactamente esta versão.
Monday, June 04, 2007
Dia -587
Os Alunos, essas fontes inesgotáveis de alegria (IV)
Hoje quando abri um trabalho de um dos grupos, para o corrigir,
apareceu-me uma página
(invulgar em trabalhos de alunos do 1º ano)
de Agradecimentos.
Achei bem.
Agradeciam a quem os tinha ajudado a recolher os dados,
a quem lhes tinha facultado informações, etc.
Lá no meio... apareceu um agradecimento extraordinário.
Primeiro porque era a mim.
(E a mim não precisam de me agradecer coisa nenhuma, os alunos.
Ou seja, faço a minha obrigação ao orientá-los, no seu trabalho)
Segundo porque me agradeciam em primeiro lugar
(pasme-se!)
o meu excelente sentido de humor.
Hoje quando abri um trabalho de um dos grupos, para o corrigir,
apareceu-me uma página
(invulgar em trabalhos de alunos do 1º ano)
de Agradecimentos.
Achei bem.
Agradeciam a quem os tinha ajudado a recolher os dados,
a quem lhes tinha facultado informações, etc.
Lá no meio... apareceu um agradecimento extraordinário.
Primeiro porque era a mim.
(E a mim não precisam de me agradecer coisa nenhuma, os alunos.
Ou seja, faço a minha obrigação ao orientá-los, no seu trabalho)
Segundo porque me agradeciam em primeiro lugar
(pasme-se!)
o meu excelente sentido de humor.
Sunday, June 03, 2007
Dia -586
Duh!!!
Ouvido, de passagem, a uma moça, na Feira do Livro de Lisboa:
ó pá... mas isto é só pessoas... e livros.
Que estaria a moça à espera de encontrar?
Saturday, June 02, 2007
Dia -585
Still Life*
As cidades são ruínas. Ou hão-de ser.
As pessoas desmoronam.
Como os prédios.
* ou Natureza Morta, um absolutamente brilhante filme de Jia Zang Ke
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