Showing posts with label Não nasci em Espanha mas a culpa não é minha. Show all posts
Showing posts with label Não nasci em Espanha mas a culpa não é minha. Show all posts

Wednesday, June 10, 2009

Dia -1326

Não sabia que era uma opção...

Ouvi agora o discurso do Exmº Senhor Presidente da República, a propósito do 10 de Junho, no qual exortava os cidadãos a não quererem deixar de ser portugueses.
Não sabia que era uma opção.
Estou mais aliviada.
Sendo assim, eu quero ser espanhola*.


(* ou servo-croata, ou romena, ou albanesa, ou alemã, ou inglesa, ou norueguesa, ou sueca, ou finlandesa, ou holandesa, ou francesa, ou irlandesa, ou islandesa, ou luxemburguesa, ou italiana, ou belga, ou grega, ou suiça, ou monegasca, ou estoniana, ou lituana, ou búlgara, ou... outra coisa qualquer)

Tuesday, June 09, 2009

Friday, March 02, 2007

Dia -492

Pois Claro
(a nacionalidade de uma pessoa, nota-se, aliás, é mesmo nestas coisas miudinhas)
Diz-me o M.:
és tão exagerada como as espanholas.
Olé!

Monday, January 22, 2007

Dia -453

CSI à Portuguesa, com certeza
Diz-me o senhor agente, após minha inquirição sobre as diligências que costumavam desencadear nestes casos de furto: "oh minha senhora de certeza que o caso está encaminhado, mas sabe que isto toca a todos. A mim roubaram-me a carteira profissional e o casaco da farda, nunca apareceram e ainda por cima tenho um processo disciplinar por causa disso"
Era suposto isto deixar-me mais descansada?

Wednesday, January 03, 2007

Dia -435

Não sei se já disse...*
... mas eu gostava era de ser espanhola. Olé!
(*já devo ter dito, mas pronto)

Tuesday, November 28, 2006

Dia -399

Coçar as costas ou a incompetência dos professores universitários
Num intervalo entre coçar as costas ao meu colega, professor universitário, mais próximo
e ele coçar as minhas, manifesto a minha perplexidade:
o professor Mariano Gago já não se lembra do que é ser professor universitário?
Do equílibrio (por vezes a raiar o impossível)
entre as funções docentes, a investigação e as tarefas de gestão?
Já não se recorda do que é ter 25 horas lectivas atribuídas
(quando o ECDU prevê apenas 18) anualmente*?
Do tempo que essas 25 horas demoram a preparar?
Do que é ter 300 alunos, procurando que cada um deles adquira competências fundamentais e que seja avaliado justamente?
Do que é ser Director de uma Licenciatura?
Do que é ser Presidente de um Conselho Directivo?
Coordenador Científico? Coordenador Pedagógico?
Das horas necessárias em reuniões dos diversos orgãos
(Comissões Científicas, Comissões Pedagógicas, Senado, Assembleia de Representantes, Conselho Científico, Conselho Pedagógico)
que permitem às Universidades funcionarem de forma democrática e transparente?
Já não se recorda das horas dedicadas ao estudo? Ao trabalho de campo? Aos laboratórios?
Já não se lembra da dificuldade que há em gerir orçamentos
sempre mais pequenos do que as necessidades a serem supridas?
O Professor Mariano Gago, enquanto professor universitário deve ter passado muitas horas a coçar qualquer coisa, se já se esqueceu de tudo isto ou então, as suas passagens pelo governo foram o passaporte para um outro país que não é o meu.
(talvez para a quinta dimensão, a avaliar pela irrealidade das suas palavras)
Eu às vezes coço as costas, é certo,
mas entre as aulas de licenciatura, de mestrado, a orientação de teses, os projectos de investigação e as tarefas de gestão que tenho atribuídas...
em conjunto com os parcos recursos financeiros e humanos disponíveis no meu departamento e na minha universidade...
não admira que sofra de alergias várias.
Incompetência não é o nome de nenhuma delas.
* melhor dizendo, 12,5h/semana por semestre, quando o ECDU não prevê mais de 9h/s/s

Thursday, June 15, 2006

Dia -233

Escapismo
Disse Pacheco Pereira que a febre que nos acomete
(nos, aos portugueses)
(quer dizer, a vocês, a eles, a mim não)
nas alturas de grandes eventos desportivos
(quer dizer, de futebol)
(haverá outro desporto? A acreditar nos 'media' não há)
chama-se escapismo.
Em vez de sentirmos
(sempre)
que pertencemos a um país
(portugal)
sentimos que fazemos parte de uma equipa
(a selecção portuguesa).
E o nosso orgulho nacionalista
(nosso não, vosso ou deles... tudo menos meu)
esgota-se nisso.
Se a nossa
(quer dizer, a vossa, ou a deles, tudo menos minha)
selecção perder o campeonato
não seremos portugueses.
Apenas derrotados.
E é isto que nos define
(antes de tudo o resto)
como povo.
Não somos portugueses sempre.
Somos escapistas.
Entusiastas momentâneos.
(enquanto estamos a ganhar).
Quando perdermos.
Diremos mal de tudo e de todos.
Principalmente do treinador.
E do governo.
(não é o mesmo, embora às vezes pareça).
Tiraremos o orgulho
que pendurámos à janela
(quer dizer, vocês, eles, eu não pendurei nada e nada tenho para tirar)
e cabisbaixos voltaremos
a ser tristes.

É o que se pode chamar
patriotismo de merda.

Saturday, June 10, 2006

Sunday, November 20, 2005

Dia -27

O Ditador

Há trinta anos morria Francisco Franco. Hoje em 150 cidades do mundo passou o documentário realizado por seis jovens cineastas nascidos depois de 1975 - Entre o Ditador e Eu. Estes jovens nasceram depois da morte de Franco, já no caminho de Espanha para a democracia, sem violência, sem sobressaltos, sem rupturas fortes. Os seus pequenos filmes são tentativas de compreender o que se passou em Espanha antes do seu nascimento. A guerra civil, a ditadura. Tentativas de abrir um buraco no esquecimento colectivo. O que os seus documentários mostram é todo um povo que esqueceu. Ou que soube perdoar (não é o mesmo, afinal). De um modo ou de outro, um povo que não quer recordar, mas que apesar de tudo, abraçou a vida. Até ao futuro. Y que viva España!