Thursday, May 31, 2007

Momento de Intervalo...

... em que constato que sou capaz de já me ter arrependido...
e muito, de ter desperdiçado o bilhetinho grátis que ontem me
ofereceram para ir ver este rapaz ao TAGV.
Pior do que uma pessoa arrependida,
só mesmo uma pessoa muito parva arrependida.
aqui uma versão mais nítida

Andrew Bird - A Nervous Tic Motion of The Head To The Left
Hoje no Cine-Teatro S. Jorge em Lisboa.
Amanhã no Teatro-Circo de Braga.
Alguém me oferece (outra vez) um bilhetinho? Por favor...?

Dia -583

Por falar em coisas que andamos a precisar...
vamos lá aqui ouvir isto tudo até ao fim e
a seguir fazer qualquer coisa que se veja e que se sinta!

FMI
Cachucho não é coisa que me traga a mim
Mais novidade do que lagostim
Nariz que reconhece o cheiro do pilim
Distingue bem o mortimor do meirim
A produtividade, ora aí está, quer dizer
Há tanto nesta terra que ainda está por fazer
Entrar por aí a dentro, analisar, e então
Do meu 'attachi-case' sai a solução!
FMI
Não há graça que não faça o
FMI
FMI
O bombástico de plástico para si
FMI
Não há força que retorça o FMI
Discreto e ordenado mas nem por isso fraco
Eis a imagem 'on the rocks' do cancro do tabaco
Enfio uma gravata em cada fato-macaco
E meto o pessoal todo no mesmo saco
A produtividade, ora aí está, quer dizer
Não ando aqui a brincar, não há tempo a perder
Batendo o pé na casa, espanador na mão
É só desinfectar em superprodução!
FMI
Não há truque que não lucre ao
FMI
FMI
O heróico paranóico 'hara-quiri'
FMI
Panegírico, pro-lírico daqui
Palavras, palavras, palavras e não só
Palavras para si e palavras para dó
A contas com o nada que swingar o sol-e-dó
Depois a criadagem lava o pé e limpa o pó
A produtividade, ora nem mais, célulazinhas cinzentas
Sempre atentas
E levas pela tromba se não te pões a pau
Num encontrão imediato do 3º grau!
FMI
Não há lenha que detenha o
FMI
FMI
Não há ronha que envergonhe o
FMI
FMI ...
Entretém-te filho, entretém-te, não desfolhes em vão este malmequer que bem-te-quer, mal-te-quer, vem-te-quer, ovomalt'e-quer, messe gigantesca, vem-te vindo, vi-me na cozinha, vi-me na casa-de-banho, vi-me no Politeama, vi-me no Águia D'ouro, vi-me em toda a parte, vem-te filho, vem-te comer ao olho, vem-te comer à mão, olha os pombinhos pneumáticos que te orgulham por esses cartazes fora, olha a Música no Coração da Indira Gandi, olha o Muchê Dyane que te traz debaixo d'olho, o respeitinho é muito lindo e nós somos um povo de respeito, né filho? Nós somos um povo de respeitinho muito lindo, saímos à rua de cravo na mão sem dar conta de que saímos à rua de cravo na mão a horas certas, né filho? Consolida filho, consolida, enfia-te a horas certas no casarão da Gabriela que o malmequer vai-te tratando do serviço nacional de saúde. Consolida filho, consolida, que o trabalhinho é muito lindo, o teu trabalhinho é muito lindo, é o mais lindo de todos, como o astro, não é filho? O cabrão do astro entra-te pela porta das traseiras, tu tens um gozo do caraças, vais dormir entretido, não é? Pois claro, ganhar forças, ganhar forças para consolidar, para ver se a gente consegue num grande esforço nacional estabilizar esta destabilização filha-da-puta, não é filho? Pois claro! Estás aí a olhar para mim, estás a ver-me dar 33 voltinhas por minuto, pagaste o teu bilhete, pagaste o teu imposto de transação e estás a pensar lá com os teus botões: Este tipo está-me a gozar, este gajo quem é que julga que é? Né filho? Pois não é verdade que tu és um herói desde de nascente? A ti não é qualquer totobola que te enfia o barrete, meu grande safadote! Meu Fernão Mendes Pinto de merda, né filho? Onde está o teu Extremo Oriente, filho? Ah-ni-qui-bé-bé, ah-ni-qui-bó-bó, tu és 'Sepuldra' tu és Adamastor, pois claro, tu sozinho consegues enrabar as Nações Unidas com passaporte de coelho, não é filho? Mal eles sabem, pois é, tu sabes o que é gozar a vida! Entretém-te filho, entretém-te! Deixa-te de políticas que a tua política é o trabalho, trabalhinho, porreirinho da Silva, e salve-se quem puder que a vida é curta e os santos não ajudam quem anda para aqui a encher pneus com este paleio de Sanzala e ritmo de pop-xula, não é filho?A one, a two, a one two three
FMI dida didadi dadi dadi da didi
FMI ...
Come on you son of a bitch! Come on baby a ver se me comes! Come on Luís Vaz, 'amanda'-lhe com os decassílabos que os senhores já vão ver o que é meterem-se com uma nação de poetas! E zás, enfio-te o Manuel Alegre no Mário Soares, zás, enfio-te o Ary dos Santos no Álvaro de Cunhal, zás, enfio-te o Zé Fanha no Acácio Barreiros, zás, enfio-te a Natalia Correia no Sá Carneiro, zás, enfio-te o Pedro Homem de Melo no Parque Mayer e acabamos todos numa sardinhada ao integralismo Lusitano, a estender o braço, meio Rolão Preto, meio Steve McQueen, ok boss, tudo ok, estamos numa porreira meu, um tripe fenomenal, proibido voltar atrás, viva a liberdade, né filho? Pois, o irreversível, pois claro, o irreversívelzinho, pluralismo a dar com um pau, nada será como dantes, agora todos se chateiam de outra maneira, né filho? Ora que porra, deixa lá correr uma fila ao menos, malta pá, é assim mesmo, cada um a curtir a sua, podia ser tão porreiro, não é? Preocupações, crises políticas pá? A culpa é dos partidos pá! Esta merda dos partidos é que divide a malta pá, pois pá, é só paleio pá, o pessoal na quer é trabalhar pá! Razão tem o Jaime Neves pá! (Olha deixaste cair as chaves do carro!) Pois pá! (Que é essa orelha de preto que tens no porta-chaves?) É pá, deixa-te disso, não destabilizes pá! Eh, faz favor, mais uma bica e um pastel de nata. Uma porra pá, um autentico desastre o 25 de Abril, esta confusão pá, a malta estava sossegadinha, a bica a 15 tostões, a gasosa a sete e coroa... Tá bem, essa merda da pide pá, Tarrafais e o carágo, mas no fim de contas quem é que não colaborava, ah? Quantos bufos é que não havia nesta merda deste país, ah? Quem é que não se calava, quem é que arriscava coiro e cabelo, assim mesmo, o que se chama arriscar, ah? Meia dúzia de líricos, pá, meia dúzia de líricos que acabavam todos a fugir para o estrangeiro, pá, isto é tudo a mesma carneirada! Oh sr. guarda venha cá, á, venha ver o que isto é, é, o barulho que vai aqui, i, o neto a bater na avó, ó, deu-lhe um pontapé no cu, né filho? Tu vais conversando, conversando, que ao menos agora pode-se falar, ou já não se pode? Ou já começaste a fazer a tua revisãozinha constitucional tamanho familiar, ah? Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah?
FMI Dida didadi dadi dadi da didi
FMI ...
Não há português nenhum que não se sinta culpado de qualquer coisa, não é filho? Todos temos culpas no cartório, foi isso que te ensinaram, não é verdade? Esta merda não anda porque a malta, pá, a malta não quer que esta merda ande, tenho dito. A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém, não é isto verdade? Quer isto dizer, há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular! Somos todos muita bons no fundo, né? Somos todos uma nação de pecadores e de vendidos, né? Somos todos, ou anti-comunistas ou anti-faxistas, estas coisas até já nem querem dizer nada, ismos para aqui, ismos para acolá, as palavras é só bolinhas de sabão, parole parole parole e o Zé é que se lixa, cá o pintas azeite mexilhão, eu quero lá saber deste paleio vou mas é ao futebol, pronto, viva o Porto, viva o Benfica, Lourosa, Lourosa, Marraças, Marraças, fora o arbitro, gatuno, bora tudo p'ro caralho, razão tinha o Tonico de Bastos para se entreter, né filho? Entretém-te filho, com as tuas viúvas e as tuas órfãs que o teu delegado sindical vai tratando da saúde aos administradores, entretém-te, que o ministro do trabalho trata da saúde aos delegados sindicais, entretém-te filho, que a oposição parlamentar trata da saúde ao ministro do trabalho, entretém-te, que o Eanes trata da saúde à oposição parlamentar, entretém-te, que o FMI trata da saúde ao Eanes, entretém-te filho e vai para a cama descansado que há milhares de gajos inteligentes a pensar em tudo neste mesmo instante, enquanto tu adormeces a não pensar em nada, milhares e milhares de tipos inteligentes e poderosos com computadores, redes de policia secreta, telefones, carros de assalto, exércitos inteiros, congressos universitários, eu sei lá! Podes estar descansado que o Teng Hsiao-Ping está a tratar de ti com o Jimmy Carter, o Brezhnev está a tratar de ti com o João Paulo II, tudo corre bem, a ver quem se vai abotoar com os 25 tostões de riqueza que tu vais produzir amanhã nas tuas oito horas. A ver quem vai ser capaz de convencer de que a culpa é tua e só tua se o teu salário perde valor todos os dias, ou de te convencer de que a culpa é só tua se o teu poder de compra é como o rio de S. Pedro de Moel que se some nas areias em plena praia, ali a 10 metros do mar em maré cheia e nunca consegue desaguar de maneira que se possa dizer: porra, finalmente o rio desaguou! Hão te convencer de que a culpa é tua e tu sem culpa nenhuma, tens tu a ver, tens tu a ver com isso, não é filho? Cada um que se vá safando como puder, é mesmo assim, não é? Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais! Que mais querem eles, que lhe ofereças a Europa no natal?! Era o que faltava! É assim mesmo, julgam que te levam de mercedes, ora toma, para safado, safado e meio, né filho? Nem para a frente nem para trás e eles que tratem do resto, os gatunos, que são pagos para isso, né? Claro! Que se lixem as alternativas, para trabalho já me chega. Entretém-te meu anjinho, entretém-te, que eles são inteligentes, eles ajudam, eles emprestam, eles decidem por ti, decidem tudo por ti, se hás-de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás-de plantar tomate para o Canada ou eucaliptos para o Japão, descansa que eles tratam disso, se hás-de comer bacalhau só nos anos bissextos ou hás-de beber vinho sintético de Alguidares-de-Baixo! Descansa, não penses em mais nada, que até neste país de pelintras se acho normal haver mãos desempregadas e se acha inevitável haver terras por cultivar! Descontrai baby, come on descontrai, arrefinfa-lhe o Bruce Lee, arrefinfa-lhe a macrobiótica, o biorritmo, o euroscópio, dois ou três ofeneologistas, um gigante da ilha de Páscoa e uma Grace do Mónaco de vez em quando para dar as boas festas às criancinhas! Piramiza filho, piramiza, antes que os chatos fujam todos para o Egipto, que assim é que tu te fazes um homenzinho e até já pagas multa se não fores ao recenseamento. Pois pá, isto é um país de analfabetos, pá! Dá-lhe no Travolta, dá-lhe no disco-sound, dá-lhe no pop-xula, pop-xula pop-xula, iehh iehh, J. Pimenta forever! Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti, não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia; não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal; não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte; não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quem que há-de vir, cabrões de vindouros, ah? Sempre a merda do futuro, a merda do futuro, e eu ah? Que é que eu ando aqui a fazer? Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pêlo, e depois? É só porrada e mal viver é? O menino é mal criado, o menino é 'pequeno burguês', o menino pertence a uma classe sem futuro histórico... Eu sou parvo ou quê? Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora, que se foda o futuro, que se foda o progresso, mais vale só do que mal acompanhado, vá mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos! Deixem-me em paz porra, deixem-me em paz e sossego, não me emprenhem mais pelos ouvidos caralho, não há paciência, não há paciência, deixem-me em paz caralho, saiam daqui, deixem-me sozinho, só um minuto, vão vender jornais e governos e greves e sindicatos e policias e generais para o raio que vos parta! Deixem-me sozinho, filhos da puta, deixem só um bocadinho, deixem-me só para sempre, tratem da vossa vida que eu trato da minha, pronto, já chega, sossego porra, silêncio porra, deixem-me só, deixem-me só, deixem-me só, deixem-me morrer descansado. Eu quero lá saber do Artur Agostinho e do Humberto Delgado, eu quero lá saber do Benfica e do bispo do Porto, eu quero se lixe o 13 de Maio e o 5 de Outubro e o Melo Antunes e a rainha de Inglaterra e o Santiago Carrilho e a Vera Lagoa, deixem-me só porra, rua, larguem-me, zórpila o fígado, arreda, 'terneio' Satanás, filhos da puta. Eu quero morrer sozinho ouviram? Eu quero morrer, eu quero que se foda o FMI, eu quero lá saber do FMI, eu quero que o FMI se foda, eu quero lá saber que o FMI me foda a mim, eu vou mas é votar no Pinheiro de Azevedo se eu tornar a ir para o hospital, pronto, bardamerda o FMI, o FMI é só um pretexto vosso seus cabrões, o FMI não existe, o FMI nunca aterrou na Portela coisa nenhuma, o FMI é uma finta vossa para virem para aqui com esse paleio, rua, desandem daqui para fora, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe...
Mãe, eu quero ficar sozinho... Mãe, não quero pensar mais... Mãe, eu quero morrer mãe.Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...
Assim mesmo, como entrevi um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar, gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres o soldado lhes falou: Olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir. Assim mesmo, por detrás das colinas onde o verde está à espera se levantam antiquíssimos rumores, as festas e os suores, os bombos de lava-colhos, assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o carvalhal? É nosso! Assim te quero cantar, mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grandola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois.
Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto.
José Mário Branco - FMI
Tirado daqui

Wednesday, May 30, 2007

Dia -582

Obrigada, digo eu...
surripiando esta que é uma das minhas músicas (e letras) preferidas de todos os tempos.
Tenho um fraquinho pelo Sérgio Godinho desde que me conheço a conhecê-lo.
Hoje em dia já não o ouço muito.
Porque sou parva.
Quando o ouço é que vejo a falta que isto (estas coisas, coisas como esta) me faz.


Sérgio Godinho - A Noite Passada

Cheguei-me a ti.
disse baixinho: olá
toquei-te o ombro
e a marca ficou lá

(este é um dos meus memes, seguramente)

Tuesday, May 29, 2007

Dia -581

Driving Lessons
Pois não sei como deixei escapar este delicioso...
d e l i c i o s o
filme de Jeremy Brock.
Ainda bem que há um Cineclube em Aveiro.
Entretanto, porque também me dão lições de condução frequentemente,
acrescentei à lista da direita:
a Ana de Amesterdam, porque eu, se pudesse ser, escrevia como ela,
as meninas, com nome de vocalistas de girls band ou assim, da Irmandade do Macaco,
a Lida Insana, porque também o meu ser deixo evaporar em insanas demandas ou lá o que é, algumas muito parecidas com as da Susana,
o Paraíso na Outra Esquina, porque gosto do Paulo. E do modo como ele olha para as coisas,
(apesar dos erros ortográficos... ai)
O Regabofe, de Miss Woody & Miss Allen... é preciso dizer mais alguma coisa?
E finalmente, uma fantasia minha... mas não necessariamente com o prefixo (?) wo e com companhia feminina, o Womenage a Trois.

Monday, May 28, 2007

Dia -580

Je ne veux pas travailler*
* pois, nem eu. E depois... fumo.
Ma chambre a la forme d'une cage
Le soleil passe son bras par la fenêtre
Les chasseurs à ma porte
Comme des petits soldats
Qui veulent me prendre
Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement oublier
Et puis je fume
Déjà j'ai connu le parfum de l'amour
Un millions de roses
N'embaumeraient pas autant
Maintenant une seule fleur
Dans mes entourages
Me rend malade
Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement oublier
Et puis je fume
Je ne suis pas fière de ça
Vie qui veut me tuer
C'est magnifique
Etre sympathique
Mais je ne le connais jamais
Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement oublier
Et puis je fume
Je ne suis pas fière de ça
Vie qui veut me tuer
C'est magnifique
Etre sympathique
Mais je ne le connais jamais
Je ne veux pas travailler
Je ne veux pas déjeuner
Je veux seulement oublier
Et puis je fume

Sunday, May 27, 2007

Dia -579

Gosto Disto*


*e dos Pink Martini... já há muito tempo.

Thursday, May 24, 2007

Dia -576

Eis-me Chegada ao Último Dia de Aulas...
do ano lectivo de 2006/2007.
Sim.
É bom ter folga das aulas até Setembro.
Claro há os exames em Junho, em Julho e em Setembro
para fazer e corrigir.
Os trabalhos práticos para corrigir.
E também ainda aulas aos Mestrados e respectivas avaliações.
E também as outras ene coisas todas.
Mas é bom chegar (mais ou menos) ao fim de mais um ano lectivo.
Mas o melhor foi que os meus alunos do 1º semestre
se vieram despedir de mim.
Tão queridos.

Tuesday, May 22, 2007

Dia -574

Irritação
Pois. Estou. Melhor. Ando. Irritada.
Não é spm.
Não sei o que é.
Mas aborrece-me esta irritação.
Face a tudo. E a todos.

Monday, May 21, 2007

Dia -573

Assim de repente, Luís...
isso não me parece muito bem.
Quebrar as cadeias de felicidade.
Estas não. As outras.

Sunday, May 20, 2007

Dia -572

Lengalengas Susana, sei poucas...

... mas escolhi esta que tem a ver com o tempo... essa disposição mental:

O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem
e o tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem

E quanto ao resto... com o avançar da Primavera, começa a haver sinais,
mas nada de paixões assolapadas. Ainda.


Saturday, May 19, 2007

Dia -571

Eu às vezes também me pergunto o mesmo

Friday, May 18, 2007

Dia -570

K
Eu acho extraordinário receber sms de pessoas com mais de 40 anos
cheias de k em vez de q.
Aliás, eu acho inkietante ke kualker pessoa eskreva assim.
Mesmo muito inkietante.
Mas naturalmente ke sou eu ke sou uma kota ke não percebe
ke a língua deve ser kualker koisa de dinâmiko.
Pois klaro.

Thursday, May 17, 2007

Dia -569

E...

um olhar perdido é tão difícil de encontar
como o é congregar ventos dispersos pelo mar

(Ruy Belo)

Wednesday, May 16, 2007

Dia -568

Há qualquer coisa ainda indefinível...
a aproximar-se. Hoje ouvi pelo menos dez vezes seguidas
(e vieram-me lágrimas, não de tristeza mas de pura comoção, aos olhos, como sempre, em cada uma dessas vezes)
o Keith Jarrett a tocar Mon coeur est rouge. Na minha versão preferida.
Não a do Carnegie Hall Concert (disco 2).
Mas outra, pouco conhecida e que uma pessoa
(que entrou na minha vida apenas para que eu ouvisse esta música e passasse a amá-la)
um dia me ofereceu.
E é por isto, por esta coisa tão aparentemente inócua,
que eu sei
que há qualquer coisa, ainda indefinível
que se aproxima.
Só não sei o quê.
Mas isso é amplamente irrelevante.

Tuesday, May 15, 2007

Dia -567

E se, de repente, um desconhecido lhe oferecer flores?

Hoje em dia, o mais provável é levar com elas na cara!

Monday, May 14, 2007

Sunday, May 13, 2007

Dia -565

O Que Foi Feito de Ti?

Já me lembrei

um erro, o único grande erro, que fiz na porra da vida.
Mas não podia ter errado de uma maneira tão certa
ou acertado de uma maneira tão errada.
Não podíamos ter evitado errar
de tão certos que estávamos.

Já me esqueci.

Saturday, May 12, 2007

Dia -564

Qualquer dia ainda me apanham num Festival de Verão, patrocinado por uma cerveja qualquer, a ouvir coisas como esta...*


*Ok, podia dar-me para muito pior. Obrigada, miúdo ;-)). Agora além de te gabares da Amy Winehouse, podes gabar-te também dos Heavy Trash.

Friday, May 11, 2007

Dia -563

Temporariamente Indisponível...

... O Paraíso na Outra Esquina *


* ou de como, sem querer, se dizem grandes verdades.

Agora que fiz o link, vê lá se pões o paraíso disponível, rapaz.
Que já nos fazia falta. O paraíso estar disponível, quero dizer.

Thursday, May 10, 2007

Dia -562

Peoplespotting from a classroom
Eu observo.
É natural, por isso, que saiba o que ainda não me contaram.

Wednesday, May 09, 2007

Dia -561

Peoplespotting from a train

As paisagens são velozes além da janela.
As estações são pontuais.
Os mesmos beijos de namorados recentes.
As mesmas duas mulheres muito gordas sentadas nos bancos.
O homem, o mesmo, que não sabe onde pôr as mãos.
Até que lhe digo adeus.

Tuesday, May 08, 2007

Dia -560

Hum...
... pois... hum... ehr... estou meia sem assunto...
talvez isto de ter blogs... hum... ehr... já não seja assim muito...
hum... ehr... estimulante... ou isso...

Monday, May 07, 2007

Dia -559

Resistir...
... é muito difícil, por vezes.
Desistir é incomparavelmente mais fácil.

Sunday, May 06, 2007

Dia - 558

Feliz Dia da Mãe, Mãe, mas...

sopa só para lá da fronteira ideológica, por favor.

Friday, May 04, 2007

Dia -556

«É preciso partir isto tudo!»...
diz o Zé Mário Branco à Carla de Elsinore.
É sim. É preciso partir isto tudo e depois tentar construir um país a sério, de gente a sério!

Wednesday, May 02, 2007

Dia -554

Preciso de Verdade e de Aspirina...
estou constipada.
Dói-me a garganta.
Já agora, uma canja também calhava bem.
A verdade é apenas, neste contexto, um acessório,
dispensável portanto, já que a minha constipação,
ao contrário da do Fernando Pessoa, nada tem de metafísico

Tuesday, May 01, 2007

Dia -553




...
So comrades, come rally
And the last fight let us face
The Internationale
unites the human race.


...
C'est la lutte finale
Groupons-nous, et demain
L'Internationale
Sera le genre humain

...
È la lotta finale,
Uniamoci, e domani
L’Internazionale
Sarà il genere umano.


...
Volker, hort die Signale!
Auf, zum letzten Gefecht!
Die Internationale
Erkampft das Menschenrecht

...
Agrupémonos todos,
en la lucha final.
El género humano
es la internacional.

...
Это есть наш последний
И решительный бой.
С Интернационалом
Воспрянет род людской!

...
Por finlukto socia
Ni grupiĝu en rond',
Kaj la Internacio
Triumfu en tutmond' !

...
Bem unidos façamos
nesta luta final
uma terra sem amos
a Internacional