Showing posts with label Ai que prazer ter um livro para ler. Show all posts
Showing posts with label Ai que prazer ter um livro para ler. Show all posts

Thursday, April 23, 2009

Momento de Intervalo...

Cabem mundos dentro deles...


(a (des)propósito...

às vezes falo de livros nas aulas.

Os alunos quase sempre dizem que não gostam de ler.

Hoje uma aluna apareceu com um livro debaixo do braço.

Um desses de que eu tinha falado há uns tempos*.

Seguiu-se uma animada conversa sobre o autor.

Fiquei contente.)

* O livro era Breve história de quase tudo, do Bill Bryson.

Saturday, January 24, 2009

Dia -1188

Para a Inês se animar a fazer a sua Biblioteca*



Aqui está o resto da minha biblioteca de casa.


Que não é bem uma biblioteca.


É mais uma bibliotecazinhainhainha...


Há ainda mais livros, no sítio onde trabalho.


*(ver o comentário da Inês ao post anterior'

Tuesday, September 02, 2008

Dia -1039

É Raro...

eu ler o livro depois de ver o filme.
Aconteceu duas vezes: Com Alta Fidelidade (filme de Stephen Frears, Livro de Nick Hornby) e agora com os (ambos) magníficos filme (de Antonio Luigi Grimaldi) e livro (de Sandro Veronesi)

Friday, November 23, 2007

Dia -756

Les Baobabs, selon le Petit Prince

(para a Lou)







«(...) Chaque jour j'apprennais quelque chose sur la planète, sur le départ, sur le voyage. Ca venait tout doucement, au hasard des réflexions. C'est ainsi que, le troisième jour, je connus le drame des baobabs. Cette fois-ci encore fut grâce au mouton, car brusquement le petit prince m'interrogea, comme pris d'un doute grave:

-C'est bien vrai, n'est-ce pas, que les moutons mangent les arbustes? -Oui. C'est vrai. -Ah! Je suis content.

Je ne compris pas pourquoi il était si important que les moutons mangeassent les arbustes. Mais le petit prince ajouta:

-Par conséquent ils mangent aussi les baobabs?

Je fis remarquer au petit prince que les baobabs ne sont pas des arbustes, mais des arbres grands comme des églises et que, si même il emportait avec lui tout un troupeau d'éléphants, ce troupeau ne viendrait pas à bout d'un seul baobab. L'idée du troupeau d'éléphants fit rire le petit prince:

-Il faudrait les mettre les uns sur les autres...

Mais il remarqua avec sagesse:

-Les baobabs, avant de grandir, ça commence par être petit.

-C'est exact! Mais pourquoi veux-tu que tes moutons mangent les petits baobabs?

Il me répondit:

- "Bien! Voyons!"

comme il s'agissait là d'une évidence. Et il me fallut un grand effort d'intelligence pour comprendre à moi seul ce problème. Et en effet, sur la planète du petit prince, il y avait comme sur toutes les planètes, de bonnes herbes et de mauvaises herbes. Par conséquent de bonnes graines de bonnes herbes et de mauvaises graines de mauvaises herbes. Mais les graines sont invisibles. Elles dorment dans le secrèt de la terre jusqu'à ce qu'il prenne fantaisie à l'une d'elles de se réveiller. Alors elle s'étire, et pousse d'abord timidement vers le soleil une ravissante petite brindille de radis ou de rosier, on peut la laisser pousser comme elle veut. Mais s'il s'agit d'une mauvaise plante, il faut arracher la plante aussitôt, dès qu'on a su la reconnaître. Or il y avait des graines terribles sur la planète du petit prince... c'étaient les graines de baobabs. le sol de la planète en était infesté. Or un baobab, si l'on si prend trop tard, on ne peut jamais plus s'en débarasser. Il encombre toute la planète. Il la perfore de ses racines. Et si la planète est trop petite, et si les baobabs sont trop nombreux, ils la font éclater.

- C'est une question de discipline,

me disait plus tard le petit prince.

- Quand on a terminé sa toilette du matin, il faut faire soigneusement la toilette de la planète. Il faut s'astreindre réguliérement à arracher les baobabs dès qu'on les distingue d'avec les rosiers auxquels ils se rassemblent beaucoup quand ils sont très jeunes. C'est un travail très ennuyeux, mais très facile.

Et un jour il me conseilla de m'appliquer à réussir un beau dessin, pour bien faire entrer ça dans la tête des enfants de chez moi.

- S'ils voyagent un jour, me disait-il, ça pourra leur servir. Il est quelquefois sans inconvénient de remettre à plus tard son travail. Mais, s'il s'agit des baobabs, c'est toujours une catastrophe. J'ai connu une planète, habitée par un paresseux. Il avait négligé trois arbustes...

Et, sur les indications du petit prince, j'ai dessiné cette planète-là. Je n'aime guère prendre le ton d'un moraliste. Mais le danger des baobabs est si peu connu, et les risques courus par celui qui s'égarerait dans un astéroïde sont si considérables, que, pour une fois, je fais exception à ma réserve. Je dis:

- Enfants! Faites attention aux baobabs!

C'est pour avertir mes amis du danger qu'ils frôlaient depuis longtemps, comme moi-même, sans le connaître, que j'ai tant travaillé ce dessin-là. la leçon que je donnais en valait la peine. Vous vous demanderez peut-être: Pourquoi n'y a-t-il pas dans ce livre, d'autres dessins aussi grandioses que le dessin des baobabs? La réponse est bien simple: J'ai essayé mais je n'ai pas pu réussir. Quand j'ai dessiné les baobabs j'ai été animé par le sentiment de l'urgence.»

(Antoine de Saint-Éxupery)


Wednesday, November 21, 2007

Dia -754

Downloads (ou isso)

A maior parte das pessoas faz downloads de música.
Já eu nunca os faço.
Em vez disso fico toda contente quando descubro que a Sage
tem todos (repito: todos) os artigos de todas (repito: todas)
as revistas que publica, em acesso completamente livre.
É até 30 de Novembro.

Saturday, October 20, 2007

Momento de Intervalo...

... para responder

a esta corrente que a Rosário do Divas&Contrabaixos me lançou:
1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abra-o na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.

Ora então, eu tenho uns 10 ou 12 livros em cima da mesa de cabeceira. No trabalho tenho mais uns 10 ou 12 livros em cima da secretária. Mas pego num dos da mesa de cabeceira e aqui vai:
1. Bill Bryson - Na Terra dos Cangurus, Lisboa: Quetzal Editores (edição portuguesa de 2003)
2. Ok
3. Ok
4.O problema de Adelaide, ao que parece, é geográfico. A cidade situa-se na orla errada da Austrália civilizada, longe dos vitais mercados asiáticos e sem nada adjacente a não ser uma grande quantidade de nada. Para norte e para oeste ficam uns milhões de quilómetros quadrados de deserto queimado; para sul, nada a não ser o mar aberto até à Antárctida. Só para leste existem algumas cidades, mas até mesmo Melbourne fica a 720 quilómetros de distância e Sydney quase a 1600.
5. De facto, creio que não escolhi. A melhor frase. Ou sequer o melhor livro do Bill Bryson. Que isso do melhor livro entre todos os livros que já li e hei-de ler, seria uma tarefa difícil, para não dizer impossível. Gostava de conhecer a Austrália. A seu tempo lá irei, suponho.
6. Esta parte é a mais difícil. As pessoas cujos blogs gosto de ler não gostam muito de correntes (destas, pelo menos). Ainda assim passo esta corrente à Fátima, porque tem bom gosto e não lê os dicionários de Desordens Mentais; ao Luís (que vai protestar imenso e, provavelmente, não responderá); ao Bagaço Amarelo (que não vai compreender possivelmente, dado que a corrente lhe é lançada por uma mulher); ao Joaquim (porque poderíamos ter uma conversa como esta na esplanada mais bonita de Lisboa) e ao Bruno (porque provavelmente me responderá com uma frase do Murakami. Ou do Beck, noutro registo).
E lamento estar a ler uma coisa tão pouco poética, pour l'instant.

Saturday, October 13, 2007

Dia -717

Tenho tantas saudades tuas, tantas saudades tuas, tantas saudades tuas... *

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um

- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum

Eugénio de Andrade

*tenho. este não é o nome do poema. são mesmo só saudades tuas.
da terra limpa do teu rosto.

Thursday, October 11, 2007

Dia -715

Coisas de Nada (III)

Comprei este livro, com fotografias e textos tão bonitos sobre um dos meus heróis (imperfeito, como todos) de uma editora magnífica (a tinta-da-china). Sim. Além do conteúdo eu gosto que os livros sejam bonitos. A Quetzal tinha umas edições tão bonitas há uns anos. Agora nem por isso. Por exemplo.


Estreou hoje The Inner Life of Martin Frost, de Paul Auster. E folgo em anunciar que a Norte do país o filme está no Medeia-Cidade do Porto e (pasme-se) no Fórum Aveiro. Viva!

Gosto muito do Paul Auster, o escritor que de vez em quando faz filmes*. Amanhã vou ver. Deviam fazer o mesmo, num cinema perto de vós.


*Realizou Lulu on The Bridge, Blue in the Face e Smoke (todos altamente recomendáveis). Escreveu muitos livros. Os meus preferidos são A Música do Acaso, A Solidão Reinventada e A Trilogia de Nova Iorque.

Tuesday, September 18, 2007

Dia -692

Umas pérolas aqui, umas pérolas ali*

«There is only one [television] network in Norway and it is stupefyingly bad. It's not just that the programmes are dull, though in this respect they could win awards, but that the whole thing is so wondrously unpolished. Films finish and you get thirty seconds of scratchy white circles like you used to get when your home movies ran out and your dad didn't get to the projector fast enough, and then suddenly the lights come up on the day's host, looking faintly startled, as if he had been just about to do something that he wouldn't want the nation to see. [...] The best that can be said for Norwegian television is that it gives you the sensation of a coma without the worry and inconvenience.»

(Capítulo 2 - Hammerfest)

«By half-past eight Paris is a terrible place for walking. There's too much traffic. A blue haze of uncombusted diesel hangs over every boulevard. I know Baron Haussmann made Paris a grand place to look at, but the man had no concept of traffic flow. At the Arc de Triomphe alone thirteen roads come together. Can you imagine that? I mean to say, here you have a city with the world's most pathologically aggressive drivers - drivers who in other circumstances would be given injections of thorazine from syringes the size of bicycle pumps and confined to their beds with leather straps - and you give them an open space where they can all try to go in any of thirteen directions at once. Is that asking for trouble or what?
It's interesting to note that the French have had this reputation for bad driving since long before the invention of the internal combustion engine. Even in the eighteenth century British travellers to Paris were remarking on what lunatic drivers the French were, on "the astonishing speed with which the carriages and people moved through the streets ... It was not an uncommon sight to see a child run over and probably killed." I quote from The Grand Tour by Christopher Hibbert, a book whose great virtue is in pointing out that the peoples of Europe have for at least 300 years been living up to their stereotypes. [...]»

(Capítulo 4 - Paris)

«The brochures [in the town of Spa] were all for places with non-nonsense names like The Professor Henrijean Hydrology Institute and The Spa Therm Institution's Department of Radiology and Gastro-Enterology. Between them they offered a bewildering array of treatments that ran from immersion in 'natural carbogazeous baths' and slathering in hot and gooey mudpacks, to being connected to a free-standing electrical sub-station and briskly electrocuted, or so it looked from the photograph. These treatments were guaranteed to do a number of things I didn't realize it was desirable to do - "dilate the dermal vessels", "further the repose of the thermoregulatory centres" and "ease periarticular contractures", to name but three.
I decided without hesistation that my thermoregulatory centres were reposed enough, if not actually deceased, and although I do have the occasional periarticular contracture and pitch forward into my spaghetti, I decided I could live with this after seeing what the muscular, white-coated ladies of the Spa institutes do to you if they detect so much as a twinge in your particulars or suspect any backsliding among the dermals. The photographs showed a frankly worried-looking female patient being variously covered in tar, blown around a shower stall with a high-pressure hose, forced to recline in bubbling copper vats and otherwise subjected to a regimen that in other circumstances would bring ineluctably to mind the expression "war crimes". [...]»

(Capítulo 6 - Bélgica)

«It should have been written into the armistice treaty at the end of the [second world] war that the Germans would be required to lay down their accordians along with their arms.»

(Capítulo 9 - Aachen e Colónia)

«I love the way Italians park. You turn any street corner in Rome and it looks as though you've just missed a parking competition for blind people. [...] Romans park their cars the way I would park if I had just spilled a beaker of hydrochloric acid on my lap. [...]
Italians will park anywhere. All over the city you will see them bullying their cars into spaces about the size of a sofa cushion, holding up traffic and prompting every driver within three miles to lean on his horn and give a passable imitation of a man in an electric chair. If the opening is too small for a car, Italians will decorate it with litter [...]
Italians are entirely without any commitment to order. They live their lives in a kind of pandemonium, which I find very attractive. They don't queue, they don't pay their taxes, they don't turn up for appointments on time, they don't undertake any sort of labour without a small bribe, they don't believe in rules at all. [...]»

(Capítulo 13 - Roma)

«Still the [hotel] elevator didn't come. I decided to take the fire stairs. I bounded down them two at a time, the whole of my existence dedicated to the idea of a beer and a sandwich, and at the bottom found a padlocked door and a sign in Italian that said "If there is ever a fire here, this is where the bodies will pile up".»

(Capítulo 15 - Florença)

«The people of McDonald's need guidance. They need to be told that Europe is not Disneyland. They need to be instructed to take suitable premises on a side street and given, without option, a shop design that is recognizable, appropriate to its function and yet reasonably subdued. It should look like a normal European bistro, with perhaps little red curtains and a decorative aquarium and nothing to tell you from the outside that this is a McDonald's except for a discrete golden-arches transfer on each window and steady stream of people with enormous asses going in and out of the door. While we're at it, they should be told that they will no longer be allowed to provide each customer with his own weight in styrofoam boxes and waste paper. And finally they have to promise to shoot Ronald. When these conditions are met, McDonald's should be allowed to operate in Europe, but not until.»

(Capítulo 19 - Áustria)


*mais vale ler na língua original, sem qualquer dúvida, estas e outras pérolas de Bill Bryson em Neither Here Nor There, ou seja em Nem aqui, nem ali,
o livro que ontem (hoje) às 6 e meia da manhã acabei de ler,
no meio de sonoras gargalhadas.
Estas pérolas na língua em que foram escritas foram retiradas daqui.
Bom proveito

Monday, September 17, 2007

Dia -691

A Vaca: o único animal de estimação possível*

«A meu ver, o único animal de estimação possível é a vaca. As vacas amam-nos. São inofensivas, têm bom aspecto, não precisam de um caixote para defecar, mantêm a erva controlada e são tão confiantes e estúpidas que não se pode senão abrir-lhes o coração. No lugar onde vivo, no Yorkshire, existe uma manada de vacas ao fundo da vereda. Podemos encostar-nos a um muro a qualquer hora do dia ou da noite que, passado um minuto, todas as vacas virão a balançar-se e ficarão junto de nós, demasiado estúpidas para saberem o que fazer a seguir, mas felizes só por estarem connosco. Tanto quanto sei, ficariam ali o dia todo, possivelmente até ao fim dos tempos. Escutarão os nossos problemas e nunca pedirão nada em troca. Serão nossas amigas para sempre. E quando estivermos fartos delas, podemos matá-las e comê-las. Perfeito.»

Bill Bryson - Nem aqui, nem ali - a Europa de Estocolmo a Istambul, Quetzal Editores.

*
ou: em vez de um (a) companheiro (a) arranja mas é uma vaca.

Sunday, September 16, 2007

Dia -690

Bill Bryson*

Acho que nunca vos tinha dito que gosto muito de ler o Bill Bryson.
Ainda há pouco, com o Nem aqui, nem ali na mão ri-me sozinha, como uma perdida,
até às lagrimas com as suas estórias de viagens pela Europa (de Estocolmo a Istambul).
Diz-se de Bill Bryson que é um escritor de viagens. Não sei bem se é um escritor de viagens.
Nem me interessa como se classifica.
Sei que é absolutamente hilariante. Delicioso. Inteligente.
Eu gosto de quem me faz rir, assim.

*De Bill Bryson, já li e recomendo Made in America, Crónicas de uma pequena Ilha, Notas sobre um país grande, Por aqui e por ali, Breve História de quase tudo e agora estou a terminar Nem aqui, nem ali. Faltam-me Diário Africano e Na Terra dos Cangurus que não consigo encontrar em lado nenhum... :-(

Monday, August 27, 2007

Dia -671

Amsterdam

Enquanto ía a atravessar a ponte recordou-se de novo como Amesterdao era uma cidade calma e civilizada. Fez um grande desvio para Oeste a fim de passear ao longo da Brouwersgracht. (...) Como era reconfortante ter um curso de água no meio da rua. Que lugar tolerante, aberto, adulto: os belos armazéns de tijolo e madeira trabalhada convertidos em apartamentos de bom gosto, as modestas pontes Van Gogh, o discreto mobiliário de rua. Os Holandeses de ar inteligente e interessante nas suas bicicletas, com os filhos de aspecto calmo sentados atrás. Até os comerciantes pareciam professores e os varredores de rua faziam lembrar músicos de jazz (...)".

(Ian McEwan Amesterdao, Ediçoes Gradiva, p. 168)

Wednesday, July 11, 2007

Dia -624

Só depois, algum tempo depois, é que pensamos na inutilidade de certas coisas

... como explicar borboletas a uma tartaruga*

* Amos Oz - O Mesmo Mar, p.29

Friday, June 15, 2007

Dia -598

Numa Livraria de Sevilha...
vi o livro A Chuva Amarela e, claro: pensei em ti.
É extraordinário permanecer assim na memória dos outros.
(sms do meu amigo Luiz, um jardineiro das palavras,
que mais uma vez se meteu ao caminho de Santiago, desde as margens do Lago di Como)
(Para quem não sabe, A Chuva Amarela é um livro de Julio Llamazares. Outro dos meus memes)

Tuesday, April 24, 2007

Momento de Intervalo...

Livros...
não são só papeis pintados com tinta. São viagens de natureza variada. São janelas para a alma humana.

Monday, March 26, 2007

Dia -517

Uma das coisas que eu tenho em comum com o Bill Bryson:
os planos de deus
«Sei há muito tempo que o plano que Deus tem para mim implica passar algum tempo com cada uma das pessoas mais idiotas do mundo».
(Bill Bryson - Por Aqui e por Ali)

Wednesday, March 14, 2007

Dia -505

Evidentemente*
Mieux vaudrait apprendre à faire l'amour correctement
que de s'abrutir sur un livre d'histoire.
Boris Vian - L'Herbe Rouge
*Bom... talvez nem tanto ao amor, nem tanto aos livros de história.

Sunday, March 11, 2007

Dia -501

Última Tentação

E então ela quis tentá-lo definitivamente. Olhou bem em volta, com extrema atenção.
Mas só conseguiu encontrar uma pêra pequenina e pálida.
Ficaram os dois numa desesperante frustração.
Não há dúvida que o Paraíso está a tornar-se cada vez mais chato!
Mário Henrique Leiria

Wednesday, March 07, 2007

Dia -497

Be Aware of The Shark
(Specially when it's dead)
A relationship, I think, is like a shark.
You know? It has to constantly move forward or it dies.
And I think what we got on our hands is a dead shark.
(Woody Allen - Annie Hall)

Monday, February 26, 2007

Dia -488

Os Dias Perfeitos...
... são dias como hoje.
Levantei-me com sol. Tomei o pequeno almoço na varanda.
Havia vento. Mas a ria estava azul. Uma cor conveniente a um dia perfeito.
A seguir li um bocadinho do Kafka à Beira Mar
do magnífico Haruki Murakami,
como gosto de ler, aos domingos, deitada na cama.
Depois fui ao cinema, como gosto de ir aos domingos
(bom, na verdade, gosto de ir ao cinema todos os dias da semana)
e pude ver uma interpretação absolutamente brilhante
do (tão velho) Peter O'Toole
em Venus, um extraordinário filme de Roger Michell.
Não admira que seja extraordinário.
Foi escrito por um dos meus escritores preferidos
na literatura inglesa contemporânea: Hanif Kureishi.
A seguir a uma francesinha e umas cervejas em boa companhia,
fui à Casa da Música ver o excelente
(e também tão velho) McCoy Tyner.
Finalmente, voltei a casa.
Deitei-me no sofá e vi toda a cerimónia dos óscares.
Foi a melhor dos últimos anos.
Sim, eu sei, uma mulher não merece ter dias assim tão perfeitos.
Deve ser por isso que são tão raros.