Amsterdam
Enquanto ía a atravessar a ponte recordou-se de novo como Amesterdao era uma cidade calma e civilizada. Fez um grande desvio para Oeste a fim de passear ao longo da Brouwersgracht. (...) Como era reconfortante ter um curso de água no meio da rua. Que lugar tolerante, aberto, adulto: os belos armazéns de tijolo e madeira trabalhada convertidos em apartamentos de bom gosto, as modestas pontes Van Gogh, o discreto mobiliário de rua. Os Holandeses de ar inteligente e interessante nas suas bicicletas, com os filhos de aspecto calmo sentados atrás. Até os comerciantes pareciam professores e os varredores de rua faziam lembrar músicos de jazz (...)".
(Ian McEwan Amesterdao, Ediçoes Gradiva, p. 168)