Ainda as árvores, ou os poemas com árvores
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-a
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.
António Ramos Rosa - Cada árvore é um ser para ser em nós
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-a
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.
António Ramos Rosa - Cada árvore é um ser para ser em nós
8 comments:
Elisa (desculpa a curiosidade), qual o dia do teu aniversário?
Achei muito bonita a parte:
"vivermos a árvore respirando"
Lou
8 de janeiro.
Mas não me vais mandar o sumo pelo correio, não? ;-)))
eu gosto mais da 'árvore é uma lenta reverência', Luís.
ó Elisa! [agora estou a deitar-te a língua de fora :-)]. no teu aniversário dava-te...deixa-me pensar...um poema feito especialmente para ti, escrito por alguém que fosse a própria encarnação da palavra, do gesto, da sensibilidade e que soubesse olhar as pessoas e as coisas assim como quem lhes reconhece a essência.
o sumo, esse, está prometido. e será feito ao pé de ti e entregue em mão. está 'escrito' que tenho de te conhecer :-).
andei a ver de coisas para te dar. simples gestos de retribuição. pelo tanto que deixas por aqui. para todos. mesmo quando só estás a falar contigo. aí vai:
http://blog.uncovering.org/archives/2006/09/desenhar_uma_ar_1.html
(lê o 5º comentário, escrito em junho de 2007. acho que ainda não nos "conhecíamos". esquece o conteúdo. vê só o nome da autora. não pude deixar de sorrir. coincidências...)
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/08/arborescer.html
(toma lá. do O’Neill)
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/12/um-livro-e-um-lugar.html
(aqui, um poema do Jorge Sousa Braga. antes do poema, a prosa introdutória é pura poesia)
Obrigada Lou, mas de facto não era preciso dares-me nada, evidentemente. :-)
dar é uma coisa boa. sobretudo quando o fazemos pelo prazer que imaginamos no outro, ao receber. espero que tenhas (pelo menos) sorrido com os "presentes" que te deixei.
***
:) certainement.
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