Voilá!
Há muitos anos que vou sozinha ao cinema e ao teatro. E gosto. As companhias interrompem o sossego. Estragam tudo. Uma pessoa sai do lusco-fusco da sala, de olhitos piscos, e leva logo com uma bateria de perguntas parvas. As companhias, em regra, dão muitas gargalhadinhas. Parecem galinhas cacarejando furiosamente. Têm necessidade de acabar com a ficção. Querem a realidade de volta. Custa-lhes o silêncio. Eu gosto do silêncio.
(Ana de Amsterdam)
Alguém, enfim, me compreende.
Alguém que deve fazer uma expressão semelhante à minha
se, por acaso, tem a (in)felicidade de encontrar um conhecido,
à saída do cinema, do teatro, do concerto,
que pergunta, com ar incrédulo: então? vieste sozinha?
Há muitos anos que vou sozinha ao cinema e ao teatro. E gosto. As companhias interrompem o sossego. Estragam tudo. Uma pessoa sai do lusco-fusco da sala, de olhitos piscos, e leva logo com uma bateria de perguntas parvas. As companhias, em regra, dão muitas gargalhadinhas. Parecem galinhas cacarejando furiosamente. Têm necessidade de acabar com a ficção. Querem a realidade de volta. Custa-lhes o silêncio. Eu gosto do silêncio.
(Ana de Amsterdam)
Alguém, enfim, me compreende.
Alguém que deve fazer uma expressão semelhante à minha
se, por acaso, tem a (in)felicidade de encontrar um conhecido,
à saída do cinema, do teatro, do concerto,
que pergunta, com ar incrédulo: então? vieste sozinha?
4 comments:
Olá Elisa, saudaste o regresso e entretanto, o post foi apagado com respectivos comentários (teu e meu). Para agradecer e dizer que sim, lentamente estou de volta. bjos
Viva V., camarada.
Bem regressada (reafirmo).
Beijos
E é tão bom encontrarmo-nos nos nossos silêncios e criações após um espectáculo. Eu prefiro sempre sozinho! Quando o partilho, é tudo mais complicado!
Beijos!
Pois é. Por várias razões, para mim. Mas a principal é a que refere a Ana... os outros querem frequentemente a realidade de volta. Eu prefiro demorar-me mais tempo na ficção.
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