Sunday, December 30, 2007
Dia -792
Friday, December 28, 2007
Dia -790
"Não tenho culpa de ter nascido em Portugal, e exijo uma pátria que me mereça"
Almada Negreiros (citação do poeta/escritor/pintor e tudo... do Público de ontem... uma citação que eu lamentavelmente desconhecia)
Sunday, December 23, 2007
Saturday, December 22, 2007
Thursday, December 20, 2007
Dia -782
Bom Natal
E que 2008 seja um ano cheio.
De sucessos pessoais e profissionais.
De paz.
De alegria.
De bom humor.
E da beleza que ainda anda pelo mundo.
Joan Miró - Estrella Azul
Wednesday, December 19, 2007
Wednesday, December 12, 2007
Tuesday, December 11, 2007
Dia -773
Agora que já comprei as minhas prendas quase (quase) todas,
Monday, December 10, 2007
Dia -772
ou seja, raramente
Friday, December 07, 2007
Dia -769
*Obrigada sem.se.ver pelo link. Canta 'a capela' Ana Laíns
Wednesday, December 05, 2007
Dia -767
(Kátia Guerreiro - numa versão incompleta e roufenha. Muito roufenha.
Apesar de ter sido mandatária do nosso PR a moça tem uma belíssima voz)
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
(Alexandre O'Neill)
Tuesday, December 04, 2007
Dia -766
mas a letra desta música é tão bonita... não é?
<
Se tu mi avessi chiesto: "Come stai
se tu mi avessi chiesto dove andiamo
t'avrei risposto "bene, certo sai"
ti parlo però senza fiato
mi perdo nel tuo sguardo colossale,
la stella polare sei tu mi sfiori e ridi no, cosi non vale
non parlo e se non parlo poi sto male
Quanto t'ho amato e quanto t'amo non lo sai
e non lo sai perchè non te l'ho detto mai
anche se resto in silenzio, tu lo capisci da te
Quanto t'ho amato e quanto t'amo non lo sai
non l'ho mai detto e non te lo dirò mai
nell'amor le parole non contano conta la musica.
Se tu mi avessi chiesto: "Che si fa?"
se tu mi avessi chiesto dove andiamo
t'avrei risposto dove il vento va
le nuvole fanno un ricamo
mi piove sulla testa un temporale
il cielo nascosto sei tu ma poi svanisce in mezzo alle parole
per questo io non parlo e poi sto male
Quanto t'ho amato e quanto t'amo non lo sai
e non lo sai perchè non te l'ho detto mai
anche se resto in silenzio, tu lo capisci da te
Quanto t'ho amato e quanto t'amo non lo sai
non l'ho mai detto e non te lo dirò mai
nell'amor le parole non contano conta la musica.
Quanto t'ho amato e quanto t'amo non lo sai
non l'ho mai detto ma un giorno capirai
nell'amor le parole non contano conta la musica
(Roberto Benigni )
* A Amalia Grè canta isto bastante melhor...
Monday, December 03, 2007
Dia -765
Ainda me encontro a digerir o indescritível concerto de Vinicio Capossela.
Aquilo deve ser uma cena alternativa qualquer que me escapa completamente.
Mas foi penoso.
Hesitei o concerto todo entre o riso nervoso escondido pelo cachecol e o queixo caído de espanto.
Confesso que ainda estou hesitante.
Mas devo ser eu que não tenho capacidade para entender estas cenas alternativas.
De certeza.
Friday, November 30, 2007
Dia -762
Que quando o revejo, como hoje,
a cantar tão bem as letras que conheço de cor...
lembro-me de mim há tantos anos.
E do tanto que gostei e gosto dele.
Thursday, November 29, 2007
Momento de Intervalo...
Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação.
A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos!
Victor Hugo, 1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo)
* bom e um certo orgulho de ser, afinal, portuguesa. Nisto. Só nisto. Ou quase só nisto.
Isto tudo vem a propósito de uma carta do Antonio, sobre amanhã se celebrar a Festa Regionale della Toscana.
Dia -761
Piet Mondrian - The Red Tree
A árvore é uma habitação perdida. E encontrada**. As árvores lembram-nos o que seríamos se pudessemos ser durante séculos. As árvores exigem a nossa lenta reverência**. Com vagar, diante do tronco rugoso, das folhas que rebentam novamente a cada primavera, dos ramos que se tingem de vermelho para depois se despirem, no outono... reconhecemos o quão pequenos somos. E fugazes. As árvores não. As árvores permanecem majestosas mesmo quando deixarmos de poder reconhecê-las.
* Ahmad Jamal (8:06) in 'The Legendary Ahmad Jamal Trio Live'
** frases de António Ramos Rosa, no poema cada árvore é um ser para ser em nós
Poinciana é uma árvore tropical de folhagem abundante e escarlate ou, outras vezes, laranja. Também pode ser chamada a árvore vermelha.
Wednesday, November 28, 2007
Dia -760
Contemplemos antes este cavalheiro. Aqui na pele de Sir Walter Raleigh em Elizabeth - The Golden Age*. O filme hum... nothing special. O bem contra o mal e assim. O costume, portanto, neste género de filmes. Mas o moço... Oh atentem bem neste moço! Até pode ser um bocadinho canastrão**, mas ao olhar para ele... quer dizer... ehr... que interessa isso?
** Em Closer, de Mike Nichols, não esteve nada canastrão. Esteve almost perfect. Nos restantes, bom... enfim... Mas suponho que lhe podemos perdoar, não?
Tuesday, November 27, 2007
Dia -759
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-a
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses.
António Ramos Rosa - Cada árvore é um ser para ser em nós
Monday, November 26, 2007
Dia -758
(A imagem deste belo castanheiro foi tirada de Montesinho Vivo)
Árvore rumorosa pedestal da sombra
sinal de intimidade decrescente
que a primavera veste pontualmente
e os olhos do poema de repente deslumbra
Receptáculo anónimo do espanto
capaz de encher aquele que direito à morte passa
e no ar da manhã inconsequente traça
e rasto desprendido do seu canto
Não há inverno rigoroso que te impeça
de rematar esse trabalho que começa
na primeira folha que nos braços te desponta
Explodiste de vida e és serenidade
e imprimes no coração mais fundo da cidade
a marca do princípio a que tudo remonta
Ruy Belo - Àrvore Rumorosa
Sunday, November 25, 2007
Dia -757
Oui, il y a quelque chose de pareil entre Odette Toulemonde
(mais quel beau nom!)
et Amélie Poulain.
Je sais pas quoi.
Mais il y a.
Peut-être le bonheur. L'optimisme.
Apprendre et enseigner le bonheur.
Les deux le rende aussi simple!
Et ce genre de choses lá... ça peut arriver a tout le monde ;-))
* Odette Toulemonde c'est un film de Eric-Emmanuel Schmitt, avec la magnifique Catherine Frot dans le rôle d'Odette.
Friday, November 23, 2007
Dia -756
«(...) Chaque jour j'apprennais quelque chose sur la planète, sur le départ, sur le voyage. Ca venait tout doucement, au hasard des réflexions. C'est ainsi que, le troisième jour, je connus le drame des baobabs. Cette fois-ci encore fut grâce au mouton, car brusquement le petit prince m'interrogea, comme pris d'un doute grave:
-C'est bien vrai, n'est-ce pas, que les moutons mangent les arbustes? -Oui. C'est vrai. -Ah! Je suis content.
Je ne compris pas pourquoi il était si important que les moutons mangeassent les arbustes. Mais le petit prince ajouta:
-Par conséquent ils mangent aussi les baobabs?
Je fis remarquer au petit prince que les baobabs ne sont pas des arbustes, mais des arbres grands comme des églises et que, si même il emportait avec lui tout un troupeau d'éléphants, ce troupeau ne viendrait pas à bout d'un seul baobab. L'idée du troupeau d'éléphants fit rire le petit prince:
-Il faudrait les mettre les uns sur les autres...
Mais il remarqua avec sagesse:
-Les baobabs, avant de grandir, ça commence par être petit.
-C'est exact! Mais pourquoi veux-tu que tes moutons mangent les petits baobabs?
Il me répondit:
- "Bien! Voyons!"
comme il s'agissait là d'une évidence. Et il me fallut un grand effort d'intelligence pour comprendre à moi seul ce problème. Et en effet, sur la planète du petit prince, il y avait comme sur toutes les planètes, de bonnes herbes et de mauvaises herbes. Par conséquent de bonnes graines de bonnes herbes et de mauvaises graines de mauvaises herbes. Mais les graines sont invisibles. Elles dorment dans le secrèt de la terre jusqu'à ce qu'il prenne fantaisie à l'une d'elles de se réveiller. Alors elle s'étire, et pousse d'abord timidement vers le soleil une ravissante petite brindille de radis ou de rosier, on peut la laisser pousser comme elle veut. Mais s'il s'agit d'une mauvaise plante, il faut arracher la plante aussitôt, dès qu'on a su la reconnaître. Or il y avait des graines terribles sur la planète du petit prince... c'étaient les graines de baobabs. le sol de la planète en était infesté. Or un baobab, si l'on si prend trop tard, on ne peut jamais plus s'en débarasser. Il encombre toute la planète. Il la perfore de ses racines. Et si la planète est trop petite, et si les baobabs sont trop nombreux, ils la font éclater.
- C'est une question de discipline,
me disait plus tard le petit prince.
- Quand on a terminé sa toilette du matin, il faut faire soigneusement la toilette de la planète. Il faut s'astreindre réguliérement à arracher les baobabs dès qu'on les distingue d'avec les rosiers auxquels ils se rassemblent beaucoup quand ils sont très jeunes. C'est un travail très ennuyeux, mais très facile.
Et un jour il me conseilla de m'appliquer à réussir un beau dessin, pour bien faire entrer ça dans la tête des enfants de chez moi.
- S'ils voyagent un jour, me disait-il, ça pourra leur servir. Il est quelquefois sans inconvénient de remettre à plus tard son travail. Mais, s'il s'agit des baobabs, c'est toujours une catastrophe. J'ai connu une planète, habitée par un paresseux. Il avait négligé trois arbustes...
Et, sur les indications du petit prince, j'ai dessiné cette planète-là. Je n'aime guère prendre le ton d'un moraliste. Mais le danger des baobabs est si peu connu, et les risques courus par celui qui s'égarerait dans un astéroïde sont si considérables, que, pour une fois, je fais exception à ma réserve. Je dis:
- Enfants! Faites attention aux baobabs!
C'est pour avertir mes amis du danger qu'ils frôlaient depuis longtemps, comme moi-même, sans le connaître, que j'ai tant travaillé ce dessin-là. la leçon que je donnais en valait la peine. Vous vous demanderez peut-être: Pourquoi n'y a-t-il pas dans ce livre, d'autres dessins aussi grandioses que le dessin des baobabs? La réponse est bien simple: J'ai essayé mais je n'ai pas pu réussir. Quand j'ai dessiné les baobabs j'ai été animé par le sentiment de l'urgence.»
(Antoine de Saint-Éxupery)
Thursday, November 22, 2007
Dia -755
Estava a dar a aula.
Wednesday, November 21, 2007
Sunday, November 18, 2007
Dia -752
Para si, os homens estão entre o desporto e a colecção de cromos.
Hedonista, gosta essencialmente de se divertir.
Não perde tempo a planear o futuro e só acredita em relações intensas mas fugazes.
* Se bem que a maioria dos homens seja de facto uma colecção de cromos... não é verdade esta primeira frase, aplicada ao meu caso. O resto sim. Se querem saber que personagem do Sexo e a Cidade seriam, cliquem na imagem.
Saturday, November 17, 2007
Dia -751
* Não foi este. Foi no CC Vila Flor, no Guimarães Jazz 2007, em quarteto.
Mas também se ouviu a música que aqui toca o Ahmad Jamal Trio - Poinciana.
Friday, November 16, 2007
Dia -750
*
é saber que nunca mais
n
m
te vejo.
*Amalia Gre. Uma jovem (e belíssima) cantora de jazz italiana em Io Cammino di notte da sola
Io cammino
di notte da sola
poi piango poi rido
e aspetto l’aurora
Ed è una realtà
tutta mia
e una strana atmosfera
pervade la mente
di sera
Io vivo
a volte infelice
a volte gaudente
talvolta vincente
o perdente
Ed è una vita d’artista
così altalenante
ma quello che creo
è importante per me
Io cammino
di notte da sola
poi piango, poi rido
poi parlo, poi rido
poi grido
Thursday, November 15, 2007
Wednesday, November 14, 2007
Dia -748
não é bem uma daquelas pessoas malucas a que me referi no post anterior.
Mas se calhar até é.
Dá-me os parabéns, ali uns posts mais abaixo,
por tudo (?).
Tudo é o quê?
É praticamente o mesmo que nada.
*Miúdo: olha que talvez estejas a ficar maluco.
Dares os parabéns às pessoas, assim, por tudo e por nada,
bem pode ser o início de um processo de loucura, não?
Mas eu gosto de ti à mesma.
Tuesday, November 13, 2007
Dia -747
que as pessoas andam todas malucas. Acho mesmo.
Monday, November 12, 2007
Dia -746
Eu não devia viver dentro de uma canção de amor.
Dessas de onde apetece fugir.
Onde as notas são como facas.
Dessas canções.
De amor.
Onde as notas são lágrimas afiadas.
A vazar-nos os olhos.
A rasgar-nos a carne.
A queimar-nos a pele.
Eu devia viver dentro de uma canção de amor.
Onde o teu sorriso não estivesse.
A lembrar-me para sempre.
Onde era o amor.
Onde eram as notas.
Mansas.
Como as árvores centenárias.
Eu não devia viver dentro de uma canção de amor.
Dessas onde todas as árvores estão mortas.
Ou a arder.
E de qualquer maneira me empurram.
Ao morrer.
Para fora da floresta.
* Brad Mehldau Trio (4:23) in ‘The Art of the Trio, Volume 3: Songs’
Sunday, November 11, 2007
Dia -745
Não sei porque é que abri a primeira caixa.
Saturday, November 10, 2007
Dia -744
E num dia em que sinto que as coisas
começam finalmente a mexer-se
que começamos a não ter receio de pensar
e debater...
num dia assim só me lembro desta música.
Adelante!
Friday, November 09, 2007
Thursday, November 08, 2007
Tuesday, November 06, 2007
Dia -741
* Scusa Antonio, ma mio italiano non è molto buono
Sunday, November 04, 2007
Thursday, November 01, 2007
Dia -736
Vou ali.
Entretanto deixo-vos isto:
* Ruy Belo, Elogio de Maria Teresa.
Wednesday, October 31, 2007
Tuesday, October 30, 2007
Dia -734
Uma lâmina de ar
(Joaquim Pessoa)
Sempre gostei deste poema e quando chega o Outono lembro-me sempre de como gosto dele.
Monday, October 29, 2007
Dia -733
No espaço de uma semana, duas pessoas completamente diferentes, por razões radicalmente diversas disseram-me
Sunday, October 28, 2007
Dia -732
Gosto desta mudança da hora.
Gosto mesmo.
E às seis da tarde já estava tão escuro...
está a chegar o Inverno.
Yuuuupiiii!
Saturday, October 27, 2007
Dia -731
Thursday, October 25, 2007
Dia -729
Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a enfrentarse con mi vida...
Tengo miedo de la noche
que poblada de recuerdos
encadena mi soñar...
Hay cosas que sólo suenan bien en castellano.
Hoy este blog celebra dos años.
Aquí me encuentro con todos mis días pasados.
Quizás el pasado no sea importante.
Pero... mirar a esos días es como volver.
Volver al pueblo.
A los pequeños lugares donde hemos nacido.
Nacemos casi todos los días
(nos quedamos muertos, en todos los otros)
aunque no nos demos cuenta.
Pero a veces tenemos que volver.
A los días pasados.
A esos días mismos
en que hemos nacido.
Una y otra vez.
Wednesday, October 24, 2007
Tuesday, October 23, 2007
Dia -727
Às vezes não sabemos se as pessoas
Monday, October 22, 2007
Dia -726
Há gestos
como passares muito devagar
a ponta dos teus dedos
na minha cara demasiado branca
que me fazem querer ficar
para sempre
com as tuas mãos
marcadas
Gestos como o abraço
à porta da casa
que me fazem querer
para sempre
os teus dedos
como gritos de silêncio
apertados contra
as minhas costas cansadas
do peso das coisas
que nunca foram feitas
Há gestos
que se fazem
com as mãos abertas
ou só com ponta dos dedos
exaustos
os teus dedos
exaustos
onde se concentra toda a gravidade
das coisas belas
que me impedem de morrer
Gestos
como acordar de repente
no meio de uma áspera madrugada
tacteando
com os dedos sonolentos
a mesa de cabeceira
para encontrar
uma palavra cheia
cheia
como as tuas mãos
no meu rosto
lentamente
Sunday, October 21, 2007
Saturday, October 20, 2007
Momento de Intervalo...
a esta corrente que a Rosário do Divas&Contrabaixos me lançou:
1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abra-o na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.
Ora então, eu tenho uns 10 ou 12 livros em cima da mesa de cabeceira. No trabalho tenho mais uns 10 ou 12 livros em cima da secretária. Mas pego num dos da mesa de cabeceira e aqui vai:
1. Bill Bryson - Na Terra dos Cangurus, Lisboa: Quetzal Editores (edição portuguesa de 2003)
2. Ok
3. Ok
4.O problema de Adelaide, ao que parece, é geográfico. A cidade situa-se na orla errada da Austrália civilizada, longe dos vitais mercados asiáticos e sem nada adjacente a não ser uma grande quantidade de nada. Para norte e para oeste ficam uns milhões de quilómetros quadrados de deserto queimado; para sul, nada a não ser o mar aberto até à Antárctida. Só para leste existem algumas cidades, mas até mesmo Melbourne fica a 720 quilómetros de distância e Sydney quase a 1600.
5. De facto, creio que não escolhi. A melhor frase. Ou sequer o melhor livro do Bill Bryson. Que isso do melhor livro entre todos os livros que já li e hei-de ler, seria uma tarefa difícil, para não dizer impossível. Gostava de conhecer a Austrália. A seu tempo lá irei, suponho.
6. Esta parte é a mais difícil. As pessoas cujos blogs gosto de ler não gostam muito de correntes (destas, pelo menos). Ainda assim passo esta corrente à Fátima, porque tem bom gosto e não lê os dicionários de Desordens Mentais; ao Luís (que vai protestar imenso e, provavelmente, não responderá); ao Bagaço Amarelo (que não vai compreender possivelmente, dado que a corrente lhe é lançada por uma mulher); ao Joaquim (porque poderíamos ter uma conversa como esta na esplanada mais bonita de Lisboa) e ao Bruno (porque provavelmente me responderá com uma frase do Murakami. Ou do Beck, noutro registo).
E lamento estar a ler uma coisa tão pouco poética, pour l'instant.
Dia -724
as palavras que espero
são ditas.
Os gestos que inventei
são feitos.
Os olhares que procurei
existem.
Mas a boca, os dedos, os olhos
não são os certos.
Ou talvez seja só o tempo.
Tenho pensado,
quando ainda me ocupo de pensar,
que sou eu
a desarrumada.
Que tudo o resto está certo.
Quando acontece.
Está tudo certo.
É tudo verdade.
Menos eu.
Friday, October 19, 2007
Dia -723
Os blogs de Elisa são muitos para uma pessoa só, estou a falar de mim.
Num deles faz uma contagem decrescente ou crescente,
nem vou verificar porque me pareceu inquietante.
*Ela, por ser delicada, não lhe chama assim.
E sim, é melhor não verificar se a contagem é crescente ou decrescente porque até a mim me inquieta.
Thursday, October 18, 2007
Wednesday, October 17, 2007
Dia -721
*Da série disponível no You Tube: Tales of Mere Existence (thanks Kika)
Tuesday, October 16, 2007
Dia -720
procurei-te na luz, no mar, no vento.
*extracto do pequenino poema Biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen
Monday, October 15, 2007
Sunday, October 14, 2007
Dia -718
Os anjos que conheço são de erva e de silêncio.
António Ramos Rosa
Saturday, October 13, 2007
Dia -717
Devias estar aqui rente aos meus lábios
- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Eugénio de Andrade
*tenho. este não é o nome do poema. são mesmo só saudades tuas.
Friday, October 12, 2007
Dia -716
"Sexta-feira à noite
Os homens acariciam o clitóris das esposas
Com dedos molhados de saliva.
O mesmo gesto com que todos os dias
Contam dinheiro, papéis, documentos
E folheiam nas revistas
A vida dos seus ídolos.
Sexta-feira à noite
Os homens penetram suas esposas
Com tédio e pénis.
O mesmo tédio com que todos os dias
Enfiam o carro na garagem
O dedo no nariz
E metem a mão no bolso
Para coçar o saco.
Sexta-feira à noite
Os homens ressonam de borco
Enquanto as mulheres no escuro
Encaram seu destino
E sonham com o príncipe encantado.”
Marina Colasanti
Obrigada, João.
Thursday, October 11, 2007
Dia -715
*Realizou Lulu on The Bridge, Blue in the Face e Smoke (todos altamente recomendáveis). Escreveu muitos livros. Os meus preferidos são A Música do Acaso, A Solidão Reinventada e A Trilogia de Nova Iorque.
Wednesday, October 10, 2007
Dia -714
Há muitos anos que vou sozinha ao cinema e ao teatro. E gosto. As companhias interrompem o sossego. Estragam tudo. Uma pessoa sai do lusco-fusco da sala, de olhitos piscos, e leva logo com uma bateria de perguntas parvas. As companhias, em regra, dão muitas gargalhadinhas. Parecem galinhas cacarejando furiosamente. Têm necessidade de acabar com a ficção. Querem a realidade de volta. Custa-lhes o silêncio. Eu gosto do silêncio.
(Ana de Amsterdam)
Alguém, enfim, me compreende.
Alguém que deve fazer uma expressão semelhante à minha
se, por acaso, tem a (in)felicidade de encontrar um conhecido,
à saída do cinema, do teatro, do concerto,
que pergunta, com ar incrédulo: então? vieste sozinha?
Tuesday, October 09, 2007
Dia -713
alguém que começo a conhecer
(de certeza: não existe)
alguém a quem me liga mais do que supus
(eu digo: não suponho)
por exemplo
a dor
a morte
o riso
(um dia: o esquecimento)
fala
(me)
assim
do silêncio
Eppure io credo se chi fosse un po' più di silenzio,
se tutti facessimo un po' di silenzio, forse qualcosa potremmo capire *
sim
se
(ao menos)
pudéssemos fazer um pouco mais de silêncio
(todos nós)
compreenderíamos
(certamente)
qualquer coisa nova
ou diferente
mas não
fizemos deste ruído
(dentro)
o nosso hábito
e não compreendemos
(quase)
nunca
nada
*fala de La vocce della luna, o último filme de Frederico Fellini.
E, no entanto, eu acredito que se houvesse um pouco mais de silêncio, se todos fizéssemos um pouco de silêncio, talvez pudéssemos compreender alguma coisa
Monday, October 08, 2007
Dia -712
mas, pelo sim pelo não, digo outra vez:
odeio comédias românticas*!
*bolas, que xaropada. E nada daquilo acontece na vida das pessoas mais ou menos normais... isto vem a propósito de ter ido ver uma comédia romântica: No Reservation (de Scott Hicks). Claro que saí de lá a lamentar que na minha vida não apareça um cozinheiro tão simpático e amoroso e romântico como o Aaron Eckhart. Bom, sim, claro... têm razão... eu também não sou a Catherine Zeta-Jones.
Pois. Deve ser isso. Bah.
Sunday, October 07, 2007
Dia -711
O lado mais sangrento de Grindhouse*. Delirante.
Os diálogos são ainda mais geniais que em Death Proof.
A banda sonora é que nem por isso...
* Grindhouse é o projecto duplo de Quentin Tarantino (Death Proof) e Robert Rodriguez (Planet Terror). Grind-House Theaters eram (são?) salas de cinema típicas das cidades do interior dos EUA (entre os anos 50 a 80) com sessões contínuas de filmes, geralmente de baixo orçamento, extremamente violentos ou de natureza marcadamente sexual (ou, ainda melhor, uma mistura de ambos).
Saturday, October 06, 2007
Dia -710
Se um dia me aproximar de ti
Não penses que é só um flirt
Não julgues que é um filme
Que já viste em qualquer parte
Pensa bem antes de agires
Evita ser imprudente
Faz a carta do meu signo
E vê à lupa o ascendente
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou
Tu não sonhas ao que venho
Não sabes do que sou capaz
Eu dou tudo quanto tenho
Não funciono a meio gás
Vem sentar-te à minha frente
E diz-me o que vês em mim
Não respondas já a quente
Pondera antes de dizer sim
Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou fere, rasga e queima
Tem cuidado e tira a teima
Porque aquilo que sou fere, rasga e queima
Diz-me diz-me se vês o granito
Onde a cidade, os grandes temas
Diz-me se vês o amor infinito
Ou somente um par de algemas
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou
Tem cuidado e tira a teima
Vê aquilo que sou
Clã - Tira a teima
Friday, October 05, 2007
Dia -709
está velha, coitadinha.
Faz 97 anos.
Felicitaciones!
Antes uma República velha
que uma nova monarquia!
Thursday, October 04, 2007
Dia -708
O Antonio escreveu-me a contar que atravessou a Hungria, passou pela Croácia, pela Eslovénia até que finalmente chegou a Itália, num comboio de meditação. Ou num meditativo comboio.
Eu, que também gosto de comboios, fiquei absolutamente rendida a esta imagem.
Já tinha os pensativos cigarros. Faltavam-me os meditativos comboios.
Wednesday, October 03, 2007
Dia -707
Não viver em Portugal tem a incontornável vantagem de não viver em Portugal
Em Portugal não se passa nada que me interesse. Aparentemente nada em Portugal me interessa se descontar a língua, a família e poucas pessoas que ora vejo, ora deixo de ver.
*mas sem o mesmo belíssimo grafismo e a apurada banda sonora, claro!
Cliquem nas frases, por favor.
Também no Peão
Tuesday, October 02, 2007
Dia -706
Ao almoço, pergunta-me:
Monday, October 01, 2007
Dia -705
Uma senhora espanhola, aí dos seus cinquenta anos,
A conversa foi em bom (mau) portunhol, que me abstenho de aqui reproduzir.
Sunday, September 30, 2007
Dia -704
Bolas! Dia 26 levantei-me às 5 e meia da manhã. O que já de si é uma violência.
Cheguei ao destino às 24h. Depois de 2 voos. Umas quantas horas de espera e um autocarro.
Tudo somado dá 18h e meia de viagem.
A seguir 2 dias intensos de congresso. A começar às 9h. Praticamente sem intervalos.
Com jantares até às tantas.
A falar inglês e espanhol e italiano e francês e português e a certa altura a misturar tudo.
Ontem depois de me ter levantado às 8 da manhã, de um autocarro, de um voo e de um comboio, cheguei a casa às 22h.
Estou de rastos. Cheia de stress. Doem-me as costas. Estou com tonturas.
Esta vida, ainda que animada, é uma tortura!
Não tenho intenções de voltar a sair de Aveiro antes do fim do mês.
É uma dificuldade para ir a qualquer parte do mundo. É demorado. É caro.
Porque raio não vivo eu na Bélgica ou assim num desses países mais no centro da Europa?
PS - A Hungria e a maior parte dos húngaros continua
(tal como achei há 2 anos atrás, quando lá passei duas semanas, mais tranquilas)
a precisar de polimento.
Wednesday, September 26, 2007
Dia -700
Tuesday, September 25, 2007
Dia -699
Eu é que não tenho estatura para esta merda a que chamam política!
(E mais informo que nem sequer tenho simpatia por nenhum dos senhores em causa, nem por praticamente nenhum dos militantes do seu partido. Excepto o Pacheco Pereira. Mas esse é um tipo com coluna vertebral. O que para a política não conta, já se vê)
Monday, September 24, 2007
Dia -698
Já não falava com ela há alguns dias e assim peguei no telefone e marquei o número. Ela atende e diz-me oh amiga! Estás boa? E eu que sim, que estou mas e ela? Porque razão tem ela aquela vozinha sumida e rouca? Ah estive afónica dois dias... não conseguia mesmo falar... e eu: o quê??? Então estiveste afónica e nem me disseste nada??
A seguir vou à varanda fumar um cigarro e lá em baixo, na rua, num dos placards de publicidade deparo-me com o seguinte anúncio Dia xpto concerto do Padre Luís Borga e sua Banda Larga*.
Estive 3 ou 4 segundos para perceber que o anúncio não referia a largura ou o comprimento da banda.
Isto não é normal, pois não?
* Borga é um nome surreal para um padre, não acham? Bom, aquilo aconteceu depois de ter estado umas horas a ler em inglês sobre boadband penetration e narrowband penetration e o digital divide e o raio que me parta!
Sunday, September 23, 2007
Dia -697
há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado
por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém
e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão
(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade
(Al Berto)
Saturday, September 22, 2007
Dia -696
Peço desculpa, mas eu interpreto esses gestos obscenos como uma ofensa ao frigorífico.
Porra que já não se pode ser frio e estar sossegadinho com o motor a ronronar baixinho, sem que venha um gajo qualquer a querer saltar-nos para cima??
Este foi o meu comentário a propósito deste post,
baseado numa notícia do Jornal de Notícias, do divorciado que não compreende as mulheres.
Thursday, September 20, 2007
Dia -695
Momento de Intervalo...
que depois de ter estado hoje com alguns dos meus alunos admito,
*especialmente do meu aluno-ex-preferido... que deixou de usar o título no dia em que descobri que ele vestia aquelas fatiotas inenarráveis, pretas e cheias de um significado qualquer que eu não compreendo muito bem... é que sendo ele uma daquelas boas pessoas, difíceis de encontrar, não estava à espera que fosse adepto de carneiradas deste género ;-P .
Dia -694
as pessoas se preocupem demais com o amor*.
já senti a extrema alegria de me apaixonar (muitas vezes)**.
* Falo do amor romântico. Não do amor num sentido mais hum... universal?
**Apesar de ter dificuldade em gostar de pessoas... eu sou como aquele standard de jazz... I fall in love to easily, I fall in love to fast. E desapaixono-me exactamente com a mesma facilidade e rapidez. É uma limpeza, digamos.
***Não é que nos outros casos não fosse verdade no momento em que a palavra foi proferida. Mas era uma verdade frágil. Dessas que se desmoronam ao mínimo sopro. Os três ou quatro casos em que foi absolutamente verdade. É porque continua a ser absolutamente verdade o que eu senti em todos os momentos em que, nesses casos, proferi tal palavra.
Wednesday, September 19, 2007
Dia -693
Boas notícias hoje.
*Eu também me chamo Elisabete, para quem não saiba. A Elisabeth e eu formamos uma equipa do tipo Dupond&Dupont para as questões do turismo rural.
** Antes que alguém se lembre de me atirar que estou apaixonada, devo esclarecer que não estou.O Antonio é um senhor bastante mais velho que eu, muito feliz com a sua mulher e os seus filhos.É uma pessoa deslumbrante, de facto, mas por toda uma outra série de razões que não envolvem a paixão.Apenas o encantamento de encontrar uma pessoa de quem gostamos (e acreditem que isso, no meu caso, é muito pouco frequente).
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